O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que aumentará, nesta quarta-feira (9/4), a tarifa de itens importados da China para 125%. A medida acontece após o país asiático reagir com a taxação de 84% de produtos importados dos Estados Unidos. O presidente anunciou que, além de aumentar as tarifas, reduzirá para 10%, por 90 dias, as taxas aplicadas a outros países de forma recíproca. Para o Brasil, não haverá mudança, pois o país já estava entre os taxados em 10%.
O que está acontecendo
O presidente dos EUA anunciou, no que ele chamou de “Dia da
Libertação”, tarifas a 117 países pelo mundo.
A China foi taxada, inicialmente, em 34% sobre todos os
produtos importados pelos EUA.
Como resposta à taxação, o país oriental anunciou uma tarifa
retaliatória de 34% aos EUA.
Em escalada da guerra tarifária, nessa terça-feira (8/4), a
Casa Branca anunciou que aplicará uma tarifa de 104% sobre todos os produtos
chineses. Em resposta, a China irá aplicar 84% sobre os produtos importados dos
EUA.
Donald Trump, em uma escalada tarifária, anunciou que imporá
uma tarifa recíproca de 125% à China.
As tarifas recíprocas de Trump entraram em vigor nesta
quarta-feira (9/4). As tarifas da China entrarão, em vigor nesta quinta (10/4).
Em resposta ao aumento das tarifas da China contra os EUA,
Trump anunciou mais uma reação com efeito imediato.
“Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos
mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China
pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum
momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias
de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou
aceitáveis”, escreveu Trump.
Trump afirmou ainda que, após mais de 75 países convocarem
representantes dos EUA — incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e o
USTR — para negociar questões como tarifas, barreiras comerciais e manipulação
cambial, decidiu autorizar uma pausa de 90 dias e aplicar uma tarifa recíproca
reduzida de 10%, com efeito imediato, desde que esses países não retaliem, “de
forma alguma”, os EUA.
Já taxado linearmente em 10%, o Brasil não é afetado pelos
anúncios desta quarta, mas é um dos países que tenta negociar com os EUA após
ser um dos alvos do tarifaço de Trump.
Como funcionam as tarifas?
Tarifas iniciais: foram aplicadas apenas a alguns
países e recaem sobre os produtos importados pelos EUA.
Exemplo: quando uma empresa norte-americana comprar
uma peça chinesa para produzir produtos eletrônicos, ela paga um valor de 10% a
mais.
Tarifas recíprocas: foram aplicadas para 117 países e
são uma resposta às tarifas que esses países já aplicavam sobre os produtos
norte-americanos.
Exemplo: os EUA afirmaram que a China impunha tarifas
de até 67% a alguns de seus produtos. Como resposta, o governo Trump fez um
cálculo e impôs uma tarifa recíproca de 34% a todos os produtos importados do
país asiático.
Tarifas universais: foram aplicadas a todos os países
que fazem negócio com os EUA, com imposto estabelecido em 10%.
Exemplo: todos os produtos que entram nos EUA pagam
uma taxa de 10% que se somará a todas as demais tarifas. A China já tinha
tarifas iniciais de 10%, as quais, somadas às recíprocas de 34% e mais as
universais de 10%, resultam em um montante de 54%.
Tarifas adicionais: por enquanto, os EUA só aplicaram
essa tarifa à China, como retaliação.