Daniela Mercury sai em defesa de Claudia Leitte: “Arte não é religião”

 



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Daniela Mercury sai em defesa de Claudia Leitte: “Arte não é religião”

Camilla Germano; Metrópoles

16 de Janeiro de 2025 as 22:35

  Foto: Reprodução

Após se manifestar indiretamente durante um show sobre a polêmica envolvendo Claudia Leitte e a substituição da palavra “Iemanjá” na música Caranguejo (Cata Caranguejo), Daniela Mercury voltou a comentar o assunto. A cantora defendeu Claudia e afirmou que arte não é religião.

Daniela ressaltou a amizade com Claudia Leitte e disse que cada um deve responder por si. Segundo ela, a colega tem o direito de se expressar da maneira que quiser e cabe a ela explicar o motivo da mudança na canção.

“Eu tenho uma sensação muito clara de que quando a gente está em cima do palco a gente está fazendo arte, a gente não está levando nenhuma mensagem necessariamente religiosa, que os orixás fazem parte da nossa cultura, como a gente canta o hino do Senhor do Bonfim”, explicou em entrevista ao PS Notícias, de Salvador.

“Arte não é religião, arte é arte. Quando a gente vai para cantar, a gente está cantando a cultura da nossa cidade”, declarou a artista.

Daniela ainda lamentou que nem todas as pessoas podem ter a “tranquilidade de reforçar questões culturais que podem ser associadas à religião”. “Isso é uma questão delicada, subjetiva e pessoal também”, opinou a cantora.

Daniela também se posicionou contra linchamentos públicos e o que chamou de “tribunal da internet”.

“É um assunto importante ter tolerância religiosa ou lutar pela tolerância religiosa num país democrático, e acho que é importante que a sociedade discuta o que acha, o que pensa, com respeito, porque a gente tem liberdade de se expressar, mas é importante também pensar que isso é algo bastante delicado diante de toda uma história de exclusão, de invisibilidade, da invasão dos terreiros”.

 

Entenda o caso de Cláudia Leitte

Claudia Leitte foi acusada de cometer racismo religioso ao remover a palavra Iemanjá da música Caranguejo (Cata Caranguejo), para cantar “eu canto meu rei Yeshua”, uma referência a Jesus em hebraico, durante uma apresentação.

Após a viralização do vídeo, o Ministério Público da Bahia (MPBA) abriu um inquérito para apurar se a cantora cometeu racismo religioso.

Em primeira manifestação sobre o caso, a cantora afirmou que é um assunto muito sério.

“Daqui do meu lugar de privilégio, o racismo é uma pauta que deve ser discutida com a devida seriedade, e não de forma superficial. Prezo muito pelo respeito, pela solidariedade e pela integridade. Não podemos negociar esses valores de jeito nenhum, nem jogá-los ao tribunal da internet. É isso”, declarou a artista durante uma coletiva de imprensa.










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