Empresrio entrega ex-Sefaz e alega que aceitou dar propina por crise e doena em MT

 



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Empresrio entrega ex-Sefaz e alega que aceitou dar propina por crise e doena em MT

FOLHA MAX

20 de Julho de 2017 as 16:57

 

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) presta nesta quinta-feira seu terceiro depoimento onde vai confessar crimes que ocorreram durante sua gestão a frente do Palácio Paiaguas. Desta vez, ele depões na ação penal relacionada a 4ª fase da “Operação Sodoma”, que investiga desvio de mais de R$ 15 milhões na desapropriação da área correspondente ao bairro Jardim Liberdade.

Além de Silval, vai depor à juíza Selma Rosane Arruda, o empresário Antônio Rodrigues de Carvalho. Ele é o proprietário da área e firmou acordo de colaboração premiada.

O ex-governador prestou depoimento na segunda e quarta-feira em ações da operação “Sodoma 2” e “Seven”. Ele confessou ter recebido propinas de empresas que firmavam contratos com o Governo do Estado. Além disso, admitiu ter recebido R$ 1,5 milhão na desapropriação de uma área na região do Lago do Manso.

 

VEJA TUDO COM DETALHES

15H17 - Termina o depoimento do empresário. Em alguns minutos, o ex-governador Silval Barbosa prestará depoimento a juíza Selma Arruda.

15H12 - O empresário explica que se sentiu "encurralado" com a proposta de Marcel e que não tinha outra saída a não ser aceitar receber os R$ 31 milhões e devolver a metade para a organização criminosa.

15h02 - Antônio comenta que nunca tinha visto Marcel antes da proposta da propina de R$ 15 milhões. "Daí, o Marcel me explicou que existiam duas maneiras de resolver a questão: a primeira era pagar o precatório em 12 vezes e ir buscar esse dinheiro no mercado, mas iria demorar. A segunda seria aceitar devolver a metade e eu já recebei a primeira parcela após 60 dias", assinala.

14H51 - O empresário volta a dizer que aceitou pagar propina após refelexão. "Falei com minha família e como estava há 18 anos tratando disso, acabei aceitando", desabafou. 

14H45 - Antônio Machado recorda que Levi Machado o orientou assinar um novo contrato e disse que o outro que havia sido feito com a empresa de Filinto Muller não tinha validade. "O Levi me disse que o primeiro contrato foi rasgado. Daí, assinei outro  contrato que tinha um aditivo, mas até hoje não faço ideia do que seja", afirma.

14H41 - Segundo o empresário, o advogado recebia os repasses e fazia o repasse a ele. Levi recebeu 25% do valor de R$ 15 milhões recebidos por Antônio. Ou seja, cerca de R$ 3,8 milhões pararam nas mãos do advogado como honorários."O Levi tinha conhecimento de que estava sendo pago propina ao Estado,", acusa.

14H39 - Antônio Carvalho volta a dizer que lamentou com Chico Lima o fato de ter ficado apenas com a metade dos R$ 31 milhões e volta falar que o procurador lhe disse que: "no Estado é assim mesmo com cada lado ficando com 50%". O empresário assinala que nunca soube se Chico Lima recebeu algo de propina no esquema. Ele volta a dizer que todos pagamentos do Estado foram feitos na conta do advogado Levi Machado como representante legal da empresa.

14H35 - O empresário detalha que o contrato foi assinado com o empresário Filinto Müller, mas ninguém explicou nada a ele. "Só me disseram que seria desta forma e eu não questionei nada. Fui no escritório do Filinto e falamos neste termos", comenta.

14H28 - Segundo Antônio Carvalho, foi feito um contrato de dívida fictícia. "Os advogados me chamaram e disseram depois que o contrato já não valia e foi feito outro", salienta, ao acrescentar. Ele assume que recebeu todo dinheiro combinado que seria sua parte, algo em torno de R$ 15 milhões. Ele garante não saber nada da participação do ex-governador Silval Barbosa e do ex-secretário Pedro Nadaf no esquema. Ele diz que considerava o procurador aposentado Chico Lima como um amigo que projetou a casa dele há alguns anos. Ele explica que assinou a troca de contrato a pedido do advogado Levi Machado e não não os motivos da mudança. Comenta que no dia em que Marcel fez a proposta de retorno de R$ 15 milhões falou com Chico Lima e Marcel de Cursi. "O advogado me disse que eu poderia pedir a reintegração de posse, mas o processo demoraria", assinala.

14h21 - O empresário acrescenta que foi pressionado em seguida por Chico Lima a pagar a propina. "Ao sair da reunião, o Chico me disse que não tinha outro jeito e que todos pagamentos do Estado eram assim com a metade voltando para o grupo", disse. Antônio assume que ficou chateado com a situação, mas concordou por estar esperando há 18 anos pela indenização e estava sem trabalho sendo sustentado pela filha que morava no Canadá. Ele acrescenta que o grupo exigiu que ele abrisse uma conta, mas como ele possuía dívidas bancárias, houve a sugestão para que o advogado Levi Machado recebesse a indenização por procuração.

14h14 - Antônio Carvalho explica que, em 2011, encontrou o procurador Chico Lima enquanto tirava passaporte na sede da Polícia Federal. Ele comentou sobre o imbróglio envolvendo o terreno e o procurador disse que poderia ajudar, já que estava assessorando o Governo. Ele contou que, junto com seu advogado, mantinham contato com Chico Lima, que lhe disse em 2013 que a desapropriação iria sair. 

Em 2014, o empresário esteve na sede da Secretaria de Fazenda reunido com Marcel de Cursi, acompanhado de Chico Lima. No encontro, o ex-secretário disse que o Governo iria pagar R$ 31 milhões em 12 parcelas pela desaproriação da área. No entanto, Marcel informou que do valor pago pelo Estado, R$ 15 milhões ficariam com o empresário e o restante seria "devolvido". 

14h11 - Após 10 anos de briga, o empresário conseguiu provar que era o proprietário da área. Em 2011, obteve direito a reintegração de posse, mas devido a problema de saúde passou a pedir que o Estado pagasse pela área, que já estava sendo ocupada por centenas de famílias. Ele disse que foram feitas duas avaliações da área, uma por ele e outra pelo Estado, e, após muita negociação acabou aceitando a avaliação do poder público. 

14h09 - Primeiro a depor, Antonio Rodrigues CArvalho diz que a denúncia contra ele é verdadeira. Ele começa explicando que na década de 80 adquiriu uma área de 97 hectares na região do Osmar Cabral e que, na década de 90 o terreno foi invadido por três vezes. Após não conseguir retirar os invadores, passou a reivindicar a desapropriação da área, que hoje é o bairro Jardim Liberdade.

13h40 - O ex-governador Silval Barbosa já está no Fórum de Cuiabá. Ele chegou acompanhado do advogado Délio Lins e Silva. Outros advogados já se fazem presente no Fórum de Cuiabá, assim como o empresário Antônio Rodrigues de Carvalho, que será o primeiro a ser ouvido. Como se trata de um colaborador premiado, a juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, proibiu registro de imagens da audiência.  











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