Segundo a UFMT, Myrian Serra, reitora da universidade, está reunida em Brasília com representantes de outras instituições federais e deve discutir, entre as pautas, a crise financeira.

Na nota, a UFMT alega que desde 2014 a instituição perdeu 50% dos recursos de capital (usados para realização de obras e aquisição de equipamentos) e 20% de orçamento de custeio (gastos com manutenção de despesas básicas).

Com os cortes, a universidade afirma que a realidade da administração “é escolher despesas que serão pagas”, já que os recursos “são sempre insuficientes para cobrir todas as obrigações. A instituição afirma que, mesmo aprovado, o orçamento não é liberado integralmente pelo governo.

“Na medida em que os recursos começam a não vir, os problemas vão se acumulando. Obras estão em passo mais lento porque não há como honrar os compromissos. No custeio, os cortes afetam áreas como manutenção, vigilância, iluminação, limpeza e outras necessárias e essenciais para as atividades regulares da instituição”, diz trecho da nota.

Entre as dificuldades enfrentadas pela UFMT estão a expansão do Campus de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, e dois novos cursos de medicina em Rondonópolis e Sinop, a 218 km e 503 km de Cuiabá, respectivamente.

Além disso, as novas vagas de professores e técnicos desta expansão estão retidas, sem autorização para a realização de concurso público. A UFMT tem aproximadamente 1,7 mil professores, 1,5 mil técnicos e 33 mil alunos em todo o estado.