Um dos principais integrantes da bancada bolsonarista na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado estadual Gilberto Cattani (PL), desqualificou a investigação da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados por tramar um golpe de Estado. O relatório da Polícia Federal teve o sigilo retirado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira (27).
Durante entrevista à imprensa, o liberal afirmou que o “papel aceita todo” e que o ex-chefe do Planalto tem sido alvo de uma perseguição.
“O papel aceita tudo. 600 e tantas vezes é o mínimo que eles (investigadores) podiam colocar contra um cara tão perseguido como Bolsonaro”, disse.
Na terça-feira (26), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, quebrou o sigilo do inquérito policial que possui 884 páginas e colocam Bolsonaro no centro da trama golpista.
No documento, o ministro determina o envio da análise da PF para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) avalie se apresentará denúncia contra Bolsonaro e os 36 indiciados. Entre eles, o ex-ministro da Defesa, general Braga Netto, o ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid.
Questionado sobre as provas coletadas pelos investigadores, Cattani desconversou. “Não sei como não foi aberto o sigilo do celular do Adelio Bispo que deu uma facada no Bolsonaro”, continuou.
Ao final, ainda disse que o inquérito possui diversas irregularidades e que a investigação não deve ser somada como um novo impeditivo para que o ex-chefe do Planalto possa disputar as eleições de 2026, caso consiga reverter sua inelegibilidade.
“Bolsonaro é um cara íntegro, honesto, trabalhou a vida toda por uma política honesta em nosso país…. Tudo vai correr de forma normal, porque esse inquérito que não acaba nunca, foi criado sem a participação do Ministério Público, tem um monte de irregularidade”, finalizou.