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Governador Mauro Mendes critica Carrefour por decisão de boicote à carne do Mercosul e propõe reciprocidade

  Foto: Divulgação

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (UNIÃO), utilizou suas redes sociais nesta quinta-feira (21) para manifestar indignação em relação à decisão do diretor executivo do Carrefour, Alexandre Bompard, de interromper a venda de carnes produzidas pelo Mercosul nas lojas da rede na França. Em resposta, Mendes anunciou que deixará de consumir produtos das lojas Carrefour e Atacadão, subsidiária brasileira do grupo francês, e convocou outros brasileiros a fazerem o mesmo.

“A partir de agora, quero dizer a esse diretor geral do Carrefour, do Atacadão, que eu, como cidadão, não vou mais comprar nas lojas deles. Eu acho que quem é do agronegócio brasileiro, tendo esse tipo de tratamento dessa empresa, poderia pensar em fazer a mesma coisa. Acho que todos nós brasileiros, para honrar o nosso país, devíamos pensar em dar a este Carrefour e Atacadão o mesmo tratamento que eles estão dando ao nosso país. Pense nisso”, declarou Mendes no vídeo.

O governador classificou a decisão do Carrefour como uma atitude desrespeitosa ao Brasil e sugeriu que o país adote a "lei da reciprocidade". “Se o Brasil não serve para vender carne para eles, então eles não servem para vender produtos franceses e até porque não dizer essa empresa não deveria ser bem vista aqui no nosso país”, afirmou.

Mendes também aproveitou a ocasião para criticar discursos ambientais que, segundo ele, são utilizados como barreiras comerciais contra o agronegócio brasileiro. “Essa história do senhor Macron (presidente da França) e de muitos ambientalistas que se dizem defensores do meio ambiente é muita conversa fiada, porque no fundo mesmo eles querem usar muitas vezes o meio ambiente para criar barreiras contra o agronegócio do Brasil e de alguns outros países aqui da América do Sul”, disse.

A declaração reflete a tensão existente entre o Brasil e países europeus em relação ao comércio e às questões ambientais. O governador enfatizou que o Brasil merece respeito em suas relações comerciais e que medidas de reciprocidade seriam uma resposta justa a atitudes consideradas prejudiciais ao mercado nacional.