Taques e Leito em rota de coliso

 



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Taques e Leito em rota de coliso

PABLO RODRIGO

09 de Novembro de 2017 as 08:45

 

O governador Pedro Taques (PSDB) está disposto a deixar o PSDB para evitar possíveis problemas de alianças para às eleições do ano que vem. A decisão ganhou força após o atual presidente estadual da sigla, deputado federal Nilson Leitão, ter batido o pé e cravar a sua pré-candidatura ao Senado para 2018, além de definir o ex-vereador Paulo Borges como seu substituto no comando do partido em Mato Grosso. O anúncio oficial das duas decisões foi classificado como a “gota d’água” para que Taques possa intensificar o diálogo com outras legendas como o PPS, o PV e o Podemos. 

Na próxima semana Taques se reunirá com seus aliados para definir que rumo tomar. “Vou reunir com o meu grupo político para definir essa situação de uma vez”, disse o governo da China, onde se encontra em viagem oficial para buscar investimentos para Mato Grosso. 

O governador Também evitou polemizar em relação à candidatura de Leitão ao Senado. “Só trato de eleição no ano que vem”, respondeu. 

A confirmação do nome de Paulo Borges como presidente do PSDB e a pré-candidatura de Leitão ocorrerá na próxima sexta-feira (10) durante o encontro estadual que não contará com a presença do governador que está em viagem oficial na China. 

Taques, que saiu derrotado da disputa com o deputado federal, já que teria indicado Paola Reis, porém, não obteve êxito. 

Outro ponto que preocupa Pedro Taques é a tão sonhada chapa pra reeleição de Taques com o ministro Blairo Maggi (PP) e com o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes para o senado, que automaticamente é rejeita pela cúpula estadual tucana com a entrada de Leitão na disputa. 

O ex-senador Jayme Campos (DEM), que é aliado do governo tucano, também seria uma opção para uma coligação com Taques na chapa majoritária. 

Para evitar qualquer desgaste, Taques já teria iniciado avaliação política para definir o seu futuro político. No PPS, Taques conta com o seu amigo de longa data nos tempos do PDT, senador Cristovam Buarque. Outra movimentação que chamou atenção do governador de Mato Grosso foi a possível candidatura do apresentador Luciano Huck, articulada principalmente pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga. O PPS já deu carta branca para que Huck construísse os seus palanques estaduais pelo país a fora. 

Diante da eminente saída de Taques do ninho tucano, várias lideranças tucanas tentam reverter a situação. A cúpula nacional da sigla já foi comunicada diante da crise estadual da legenda. 

O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) disse nessa terça-feira (7) que a situação poderá “rachar” o partido no Estado. “Essa situação me preocupa, assim como preocupa todos os peessedebistas. Acho que não é vontade de nenhum de nós que o governador tome uma decisão dessas. Eu confesso que ainda não conversei, vou conversar. Para o partido é ruim, para o governador é ruim. Provavelmente haverá um racha em pleno andamento eleitoral. Imagina como se dará isso”, alertou Maluf. 

Maluf também confirmou a pressão da legenda por mudanças na área da Saúde do governo, principal setor que vem recebendo críticas em todo o Estado. “Há uma insatisfação da Saúde como um todo. Precisamos discutir uma pauta mais ampla para a Saúde, envolver o partido nisso”, disse. 

Já Paulo Borges que assumirá o comando do PSDB na sexta disse que pretende buscar a unidade partidária e o apoio incondicional do partido ao governo Taques. 

“Vamos mostrar que o PSDB dá total apoio ao governador. O partido trabalha para ele e é bastante leal. Os deputados o defendem na Assembleia, o Nilson (Leitão) coloca a cara a tapa, os prefeitos sofrem, mas defendem o Governo. Então vamos trabalhar por essa aproximação. Uma das minhas missões será apaziguar a situação”, afirmou. 

Por outro lado, alguns dirigentes tucanos veem com bons olhas a possível candidatura de Nilson Leitão ao Senado. Um dos motivos seria a indefinição do nome do ex-prefeito Mauro Mendes (PSB), que poderia também concorrer ao senado. 

"Não podemos esperar o Mauro Mendes como esperamos na eleição do ano passado, quando na última hora disse que não era candidato. Ficamos sem saber o que fazer e colocamos um candidato de última hora que foi pro sacrifício. E se isso ocorrer no ano que vem?", explicou o dirigente. "Por isso estamos tentando viabilizar a candidatura do deputado Nilson para o Senado", disse um dos dirigentes ouvido pelo Diário. 

Pedro Taques deixou o PDT, oito meses após ter assumido o governo de Mato Grosso, para se filiar ao PSDB. Ex-procurador da República, Taques ingressou na política em 2010, quando disputou o senado, sendo eleito juntamente com o ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP). 











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