A ex-prefeita de Sinop (478 km de Cuiabá) e presidente municipal do Partido Liberal no município, Rosana Martinelli, descartou a ida do prefeito Roberto Dorner (Republicanos) ao partido para disputar a reeleição. A declaração contradiz o que foi dito pelo senador Wellington Fagundes, que afimrou ser o "melhor caminho" a reeleição do atual gestor.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan, nesta terça-feira (23), ela disse que a sigla terá candidatura própria e fará oposição a atual gestão. “Fizemos uma reunião ontem para definir o rumo do PL em Sinop, realizamos outras reuniões recentemente, mas a de ontem foi definitiva e teremos candidatura própria. Tem o meu nome, Dalton, Paulinho, e é de comum acordo de quem se filiou ou foi convidado a integrar o partido, o candidato à prefeito será escolhido por pesquisa. Quem estiver com melhor posicionamento será o candidato”, explicou.
Ainda segundo a presidente, a definição do nome mediante a pesquisa junto à população será agora em fevereiro. Martinelli também afirma ter iniciado a busca para ampliar o arco de alianças com outras lideranças partidárias. “Política é conversa, é diálogos, é ouvir o que as pessoas pensam, você tem que oportunizar e entender o sonho das pessoas, mas também, partidariamente, nós temos que ver pesquisas e ter razão para a escolha”, declarou.
Questionada sobre o convite feito pelo deputado estadual Gilberto Cattani à empresária Mirtes EniLeitzke Grotta para a ser candidata como uma possível interferência do parlamentar, Rosana Martinelli amenizou e destacou que os convites são normais.
“O deputado é um companheiro do PL e ele convidou a Mirtes, assim como outros partidos também a convidaram. Ela é uma pessoa idônea, tem uma trajetória empresarial em Sinop e estamos acompanhando a vontade dela em vir para a política e possa contribuir com a nossa cidade”, concluiu.
PATRIOTAS EM GUERRA - Rosana Martinelli é a segunda suplente do senador Wellington Fagundes e já foi prefeita de Sinop, Capital do Nortão conhecida por ser celeiro do agronegócio e "berço do bolsonarismo". Apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, ela é investigada por ter participado e financiado atos golpistas em 2022 chegou a ter contas bancárias bloqueadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Assim com ela, o atual gestor do município, Roberto Dorner, também se considera apoiador de Jair Bolsonaro. Atualmente ele enfrenta problemas na gestão principalmente na Pasta da Saúde, investigada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), por desvios de mais de R$ 87 milhões. À época o vice-prefeito, Dalton Martini, anunciou que rompimento com o gestor.
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