A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) manteve a prisão do sargento da Polícia Militar, Manoel Santos da Silva, réu pela suspeita de ser o mandante da morte de Elson Baragão, na zona rural do município de Brasnorte (540 KM de Cuiabá). O PM seria o chefe de um grupo de extermínio na região, cuja motivação seriam disputas territoriais pelo tráfico de drogas e extração ilegal de madeira.
Os magistrados da Primeira Câmara Criminal seguiram por unanimidade o voto do desembargador Orlando Perri, relator de um habeas corpus ingressado pela defesa do sargento contra a sua prisão. A sessão de julgamento ocorreu na tarde desta terça-feira (30).
A defesa do policial militar alegou que o réu vem sendo “perseguido” por um delegado da Polícia Judiciária Civil (PJC), que representou pela sua prisão. Manoel Santos da Silva foi preso em julho de 2022 após “curtir” um post da filha de Elson Baragão no Instagram, o que fez com que ela se sentisse ameaçada com a atitude.
Em seu voto, o desembargador Orlando Perri lembrou que o sargento PM já responde a outros homicídios e que um Chevrolet Prisma, de cor branca, que pertenceria a Oziel da Silva Gonçalves, foi visto saindo da propriedade rural onde Elson Baragão foi encontrado morto.
Oziel da Silva Gonçalves seria o executor do crime a mando de Manoel Santos da Silva.
“Isso são indícios suficientes para fins de prisão preventiva da autoria delitiva. O eminente advogado se referiu a tal fato do paciente estar seguindo a filha da vítima nas redes sociais. Ela inclusive gravou um vídeo dizendo que se sentia intimidada”, revelou o desembargador.
De acordo com investigações da PJC, o crime que tirou a vida de Elson Baragão foi motivado por disputas entre madeireiros na região de Brasnorte. O sargento PM também estaria envolvido em execuções pela disputa do tráfico de drogas entre organizações criminosas.