Deputado cobra AL e diz que PMs são vítimas de inversão de valores

 



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Deputado cobra AL e diz que PMs são vítimas de inversão de valores

RAFAEL COSTA

31 de Março de 2022 as 20:04

  Foto: Reprodução

Policial militar de carreira, o deputado estadual Elizeu Nascimento (PL) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa para defender os 81 policiais militares que foram presos nesta quinta-feira (31) investigados por suspeita de homicídios contra 24 pessoas. De acordo com a "Operação Simulacrum", deflagrada nesta quinta-feira (31), o grupo de militares é investigado pela morte de 24 pessoas, com evidentes características de execução, além da tentativa de homicídio de, pelo menos, outras quatro vítimas, sobreviventes.

O parlamentar cobrou que a Comissão de Segurança Pública, da qual faz parte, acompanhe os trabalhos de investigação, conduzidos pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual, até o momento em segredo de Justiça. "Representamos o povo e precisamos das informações cabíveis para evitar prejuízo a saúde mental destes profissionais que é a desmotivação para ir na rua e evitar troca de tiros com criminosos. A Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa tem o dever de acompanhar todos os detalhes para saber o que está acontecendo", declarou.

O deputado Elizeu Nascimento ainda saiu em defesa dos policiais militares acusados de tramar assassinatos por meio de falsos confrontos com criminosos. O parlamentar diz que é inaceitável o que classificou de inversão de valores e diz conhecer muitos dos PMs que foram presos pelo bom comportamento no exercício das suas funções.

"Me solidarizo com  os policiais que não tiveram sequer o direito de ser recolhidos pelos PMs.  Estamos assistindo a uma inversão de valores. Marginal mata, desfere, assalta e fica poucos dias na cadeia e muitos aqui fora. As facções estão assumindo o poder nas comunidades e a polícia cada dia mais que passa engessada. Prova disso que estes PMs são excelentes profissionais com excepcionais comportamentos", destacou.

Elizeu Nascimento também declarou que teme pela fragilidade dos policiais militares no exercício do combate à criminalidade. "Daqui a pouco policial tem que morrer primeiro para sobreviver depois. Infelizmente, essa é a realidade. Tem marginais que assaltam banco e dão tiro na cabeça de PM. Nós não iremos admitir inversão de valores. Vou lutar para que a polícia seja tratada como polícia e bandido como bandido. Apontou arma para a polícia tem que levar tiro. Vagabundo tem que ser tratado como tal", concluiu.

 

Operação Simulacrum

A operação faz parte das investigações realizadas em seis inquéritos policiais, já em fase de conclusão, relativos a supostos confrontos ocorridos em Cuiabá e Várzea Grande.

De acordo com as investigações, os militares envolvidos contavam com a atuação de um colaborador que cooptava interessados na prática de falsos crimes patrimoniais, sendo que, na verdade, o objetivo era ter um pretexto para matá-los.

Após atraí-los a locais vazios, onde já se encontravam os policiais militares, as vítimas eram executadas, sob o falso fundamento de um confronto.

A investigação afirma que há provas que comprovam os fatos contrapoem a tese de confronto apresentada pelos investigados. As investigações indicam que a intenção do grupo criminoso era a de promover o nome dos policiais envolvidos e de seus respectivos batalhões.

Na época em que ocorreram os fatos, os policiais investigados atuavam na Rotam, Bope e Força Tática do Comando Regional.

O detalhamento dos fatos será apresentado na conclusão da investigação.

No MPE, o trabalho está sendo realizado pelos promotores de Justiça que atuam no Núcleo de Defesa da Vida. Pela Polícia Civil, as investigações são conduzidas pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá.










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