O PL, sigla do presidente Jair Bolsonaro, realizou nesta terça-feira (15) uma nova rodada de filiação de parlamentares da base do governo no Congresso. Entre os novos integrantes da legenda do Centrão estão a deputada federal Carla Zambelli (SP) e os deputados federais Filipe Barros (PR) e General Girão (RN). Ao todo, ao menos 22 nomes entre deputados e pré-candidatos assinaram a ficha de entrada na sigla durante o evento.
A maior parte dos deputados que aderiram ao PL integrava o PSL, sigla que se fundiu com o DEM para criação do União Brasil. Agora, o grupo pretende fortalecer o projeto de reeleição de Bolsonaro. Após a debandada de governistas, a cúpula do União Brasil estima ficar com cerca de 50 deputados.
Com a expectativa de receber até 30 novos parlamentares, o PL deverá ter uma das maiores bancadas da Câmara, com cerca de 60 integrantes. A chamada janela partidária, que permite a troca de legenda sem perda de mandato para os deputados, fica aberta até o dia 1º de abril.
"O PL com certeza vai passar de 60 deputados e vai ser o maior partido da Casa. Isso é fato. Pelo número mais baixo que a gente tem", afirmou o deputado Coronel Tadeu (SP).
Presente no evento, o presidente nacional do PL, o ex-deputado Valdemar da Costa Neto, comemorou o crescimento da legenda. "Eu fico pensando na sorte que nós tivemos de poder recebê-lo [Bolsonaro] no nosso partido. Eu nunca imaginei, pois passei 30 anos no Congresso correndo atrás de deputado para o partido. O nosso partido cresceu, veio uma trombada, fomos ao buraco, mas nunca pensei que fossemos chegar aonde estamos chegando", afirmou Costa Neto.
Esse foi o segundo grande evento de filiação de aliados de Bolsonaro ao PL. No último sábado (12), ao menos 11 deputados já haviam ingressado na legenda. Outro encontro deve ocorrer ainda neste final de semana, em Brasília, quando o filho do presidente e deputado Eduardo Bolsonaro (SP) pretende oficializar a sua entrada no partido.
Durante o evento de filiação, a deputada Carla Zambelli anunciou o lançamento de uma frente parlamentar batizada de "lealdade acima de tudo". De acordo com ela, o grupo irá filtrar pré-candidaturas que estejam alinhadas ao governo Bolsonaro em todo o país.
A ideia, ainda segundo Zambelli, é fortalecer a base bolsonarista com a proximidade das eleições. A expectativa é de que o grupo tenha ao menos 70 integrantes com mandatos ou aspirantes a um cargo eletivo. No radar, estão os filiados do dia e outros apoiadores de Bolsonaro.
"Vamos unir as pessoas entorno de uma bandeira. Todos aqui somos conhecidos por serem leais ao presidente Bolsonaro e às nossas bandeiras. Acreditamos que todos nós estamos mais fortes, não só para nos elegermos, mas para elegermos o presidente Bolsonaro", afirmou Zambelli.
Até o momento, apenas os estados do Maranhão, Acre, Sergipe e Roraima ainda não contam com integrantes na frente parlamentar. "Estamos fazendo uma peneira e levantando todo o histórico dessas pessoas. Mas vamos ter representantes em todos os estados", garantiu a deputada.