PGR aponta indícios de participação de Taques em esquema de grampos em MT

 



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PGR aponta indícios de participação de Taques em esquema de grampos em MT

RODIVALDO RIBEIRO, FOLHA MAX

04 de Março de 2020 as 10:24

  Foto: Reprodução

O ex-governador Pedro Taques (sem partido) pode ter participado ativamente do esquema ilegal de escutas telefônicas no Estado, batizado de "Grampolândia Pantaneira". De acordo com parecer emitido pela PGR (Procuradoria Geral da República), há fortes elementos e indícios a justificar pelo menos a manutenção do inquérito aberto contra ele. O MPF (Ministério Público Federal) fora provocado a manifestar-se em abril de 2019. O processo corre em segredo de justiça.

 

Contra o ex-chefe do Executivo mato-grossense pesam três acusações — realizadas por pessoas diferentes — de que seria ele o líder do crime de interceptar telefones de várias pessoas sem autorização da justiça. O esquema veio a tona em 2017, co reportagem do programa Fantástico e era gerido por policiais militares.

 

A defesa de Pedro Taques pedia a extinção do inquérito por meio de ação no STJ (Superior Tribunal de Justiça) sob a justificativa de que a Polícia Federal apresentou relatório afirmando a inexistência de provas de sua participação no escândalo ainda quando os autos tramitavam na mesma Corte Especial, que agora negou o recurso. O relator dessa decisão é o ministro Mauro Campbell, que mandou o caso voltar à Sétima 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

 

“Não obstante a leitura detida dos autos, em especial do relatório da autoridade policial ao qual se apega o recorrente, e das petições ministeriais, de pronto revela que, ao contrário do que o agravante tenciona fazer crer, há sim elementos indiciários a justificar o prosseguimento das apurações em seu desfavor”, consta em trecho do parecer assinado pelo vice-procurador-geral Luciano Mariz Maia e divulgado pelo site Midianews.

 

O procurador da República desconstitui os argumentos de Taques afirmando que o relatório feito pela PF e apresentado por sua defesa não é conclusivo, apenas relatava as investigações, até então, davam por encerrada somente a fase policial. Assim, feito somente para atender requerimento específico do MPF a subsidiar o  pedido de desmembramento do processo.

 

“A análise dos extratos dos celulares ainda se encontra em curso e [sobre] o conteúdo das mídias de computadores e telefones celulares da mesma ainda resta pendente de análise uma vez que demandam recursos técnicos mais específicos”, segue Mariz Maia no parecer, afirmando que ainda não foram analisados todos os arquivos presentes em laptops e aparelhos celulares.

 

Logo, não há como excluir a possibilidade de aparecimento de novos elementos de prova do envolvimento do ex-governador. “Não é improvável, portanto, que surjam novos elementos probatórios a respeito dos crimes investigados e seus autores a partir da conclusão das análises pendentes”.











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