Comisso adia votao da MP do frete e irrita caminhoneiros

 



NOTÍCIAS / FRETE RODOVIRIO

Comisso adia votao da MP do frete e irrita caminhoneiros

AGNCIA ESTADO

03.07.2018 Ás 20:21

  Foto divulgao

A reunião da comissão especial do Congresso que analisa a Medida Provisória que estabelece uma política de preços mínimos para o frete rodoviário foi suspensa nesta terça-feira (3). A interrupção se deu por um pedido de vista do deputado Evandro Gussi (PV-SP). Os caminhoneiros que estavam na reunião protestaram.

De nada adiantaram os apelos dos demais parlamentares para seguir com a votação, já que a matéria precisa ser aprovada na comissão e nos plenários da Câmara e do Senado antes do recesso parlamentar, que se inicia no próximo dia 17.

A vista foi concedida por 24 horas. A ideia agora é tentar votar a matéria na comissão nesta quarta-feira (4) e no plenário da Câmara à noite.

"Vai parar o País", gritaram representantes dos caminhoneiros presentes à reunião, diante da suspensão da reunião. Preocupado, o relator da matéria, deputado Osmar Terra (MDB-RS), procurou acalmar as lideranças. "Calma, que vamos resolver isso", pediu, numa roda de conversa pequena. Ele ponderou que uma paralisação leva tempo para ser organizada, por isso eles deveriam aguardar a evolução das discussões, sob pena de mobilizar uma nova greve e ela não ser bem sucedida.

Apesar da irritação e da tensão na categoria, as lideranças concordaram em esperar. "Não vamos ser irresponsáveis como o deputado que pediu vista", atacou o presidente do Sinditac (Sindicato dos Transportadores Autônomos) de Ijuí, Carlos Alberto Litti Dahmer.

O relatório elaborado por Terra agradou aos caminhoneiros ao fixar os "pisos mínimos" para o serviço de transporte. O cálculo desse piso será feito pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), conforme critérios ainda a serem discutidos.

Terra adiantou que o piso mínimo terá de ser suficiente para cobrir a manutenção dos caminhões e o descanso dos caminhoneiros. Ele afirmou que, no debate em torno da MP, ficou claro que os autônomos são o elo mais fraco. Segundo o texto, o piso deverá "refletir os custos operacionais totais do transporte."

O relatório prevê também que, cada vez que o preço do diesel variar mais do que 10% para cima ou para baixo, os preços mínimos serão revistos.

O cálculo do preço mínimo terá "ampla publicidade" e contará com a participação dos representantes dos embarcadores, dos contratantes dos fretes, das cooperativas de transportes de cargas, dos sindicatos de empresas de transportes e dos transportadores autônomos de carga, prevê o relatório.

O relatório endurece o tratamento às empresas que descumprirem a tabela de piso mínimo. Foi mantida a previsão que o caminhoneiro prejudicado terá direito a uma indenização equivalente ao dobro da diferença entre a tabela e o valor efetivamente recebido. Mas o texto abre a possibilidade de haver multa por parte da ANTT, o que não constava da MP original.

 










DEIXE SEU COMENTÁRIO



SE LIGUE NA BAND FM! 98,1



Copyright © 2021 .   CENTER NEWS    Todos os direitos reservados.