Os nove empresários presos na segunda fase da “Operação Crédito Podre II” haviam sido detidos na primeira fase das investigações, deflagrada em dezembro do ano passado. A confirmação foi da delegada Maria Alice Amorim, titular da Delegacia Fazendária de Mato Grosso.
A delegada não detalhou quais os motivos que levaram os empresários a prisão novamente, alegando que as investigações estão sobre segredo de Justiça. “São pessoas que haviam sido presas, foram soltas e agora estão presas novamente. Estas prisões estão dentro do processo da Crédito Podre”, declarou.
Segundo Maria Alice, as prisões decretadas pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá são preventivas. “Esperamos que fiquem preso até a conclusão do caso”, afirmou.
A delegada confirmou que os nove mandados de prisão já foram cumpridos. Policiais estiveram nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis, Primavera do Leste, Sorriso, Campo Verde e Várzea Grande.
A operação mobilizou cinquenta policiais civis e contou com apoio da Gerência Estadual de Polinter (GEPOL) e unidades das regionais de Rondonópolis, Primavera do Leste e Sorriso.
CRÉDITO PODRE
A primeira fase da operação Credito Podre foi deflagrada em dezembro do ano passado, em conjunto com a com a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), após investigação que apurou que mais de 1 bilhão de grãos teriam saído do Estado de Mato Grosso, sem o devido recolhimento do ICMS, deixando prejuízo estimado em R$ 143 milhões, entre os anos de 2012 a 2017.
Na ocasião foram cumpridos 16 mandados de prisão preventiva, 34 ordens de busca e apreensão e 9 conduções coercitivas.
Em janeiro deste ano, a juíza Selma Arruda, hoje aposentada, revogou a prisão preventiva de nove réus na operação. Os acusados pertencem aos “núcleos fracos” da organização criminosa. São eles: Diego de Jesus da Conceição, Marcelo Medina, Theo Marlon Medina, Cloves Conceição Silva, Paulo Henrique Alves Ferreira, Rinaldo Batista Ferreira Júnior e Rogério Rocha Delmindo.
Em fevereiro, a Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça revogou as prisões de Evandro Teixeira Rezende, Rivaldo Alves da Cunha, Paulo Pereira da Silva e Paulo Serafim. Porém, eles tiveram os registros no Conselho Regional de Contabilidade suspensos.
Já Wagner Florêncio Pimentel ou Wagner Fernandes Kieling, Almir Cândido de Figueiredo, Kamil Costa de Paula, Keila Catarina de Paula, Alysson de Souza Figueiredo seguiram presos.