O ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), afirmou que não teme ser alvo de eventuais ataques caso decida disputar as eleições deste ano. Ele é cotado para o Governo ou Senado.
“Já fui três vezes candidato. Se tem uma coisa que não tenho é medo. Nós não queremos viver no tempo das sombras, no tempo das trevas, da Idade Média, sob nenhum tipo de ameaça. A democracia prevê o diálogo, a democracia prevê o respeito e nós queremos isso em Mato Grosso”, afirmou.
As declarações foram dadas na última sexta-feira (23), quando Mendes se filiou ao Democratas, em um ato realizado na Capital.
No evento, muitos políticos e militantes "lançaram" Mendes como o nome do DEM para um possível enfrentamento ao projeto de reeleição do governador Pedro Taques (PSDB).
O ex-prefeito, apesar de fazer um discurso inflamado e com ares de candidato, disse que ainda não se definiu sobre o assunto.
“Militar na política não significa que voce tem que ser candidato. Me filiei ao DEM e, a partir de agora, vamos construir um projeto partidário para Mato Grosso. Se vai ter deputado federal, estadual, senador, governador, vai depender muito das pessoas, do partido e de partidos aliados pra nós construirmos esse projeto político”, afirmou.
“Vontade e coragem sempre tive na minha vida para fazer tudo que me propus a fazer. No momento certo vou analisar se teremos disponibilidade para estar à disposição para esse projeto eleitoral”.
Rompimento com Taques
Ainda durante o evento, o ex-prefeito Mauro Mendes afirmou não ter uma avaliação quanto a continuidade ou não do Democratas no arco de alianças do Governo Taques.
Ele disse que o partido precisa fazer uma análise sobre os resultados entregues pela gestão tucana, bem como em relação ao comportamento de Taques antes de tomar qualquer posicionamento.
“Nunca defendi isso (rompimento). Agora, eu defendo claramente que o DEM, como partido político, faça uma avaliação da atual administração, que faça uma avaliação dos resultados, daquilo que foi prometido e daquilo que foi entregue, uma avaliação do comportamento pessoal deste governo para saber se o DEM quer continuar neste projeto ou quer construir outro”, afirmou.
“Eu também farei sim uma avaliação mais profunda sobre esses três anos, como cidadão, como agente político e como apoiador que fui. Em algum momento, com muita propriedade, vou dizer se quero continuar apoiando esse projeto ou não. Ainda não tenho essa avaliação”, concluiu Mendes.