O desembargador Paulo da Cunha, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, derrubou as 19 prisões preventivas que haviam contra o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
As decisões são um passo decisivo para a soltura de Arcanjo, que está preso desde 2002. Um pedido de conversão para o regime semiaberto deve ser analisado assim que se encerrar o recesso forense, que acaba no dia 20 de janeiro. Em dezembro, o ex-bicheiro passou por um exame psiquiátrico, que o apontou como apto a deixar a prisão.
Porém, dias depois ele doi surpreendido com as 19 prisões preventivas. As prisões estavam decretadas desde 2016, mas só chegaram ao conhecimento da defesa do “ex-comendador” no final do ano passado. As prisões foram decretadas pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal.
Elas eram referentes a ações penais derivadas da “Operação Arca de Noé”, que apura desvios de recursos da Assembleia Legislativa, por meio da factoring de Arcanjo.
Com as revogações das prisões, a defesa de Arcanjo aguarda apenas a manifestação do Ministério Público e do juiz titular da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, Jorge Tadeu Rodrigues, para decidir sobre a concessão da progressão de regime. "Tecnicamente, ele está em condições de ser colocado em liberdade. Apenas aguarda apenas a manifestação do Ministério Público a respeito do laudo. Só que a colocação dele em liberdade, prescinde de uma audiência admonitória e as audiências admonitórias só começam a partir de segunda-feira", disse o advogado Paulo Fabrinny ao FOLHAMAX.