Ex-secretrio alega que nmeros de propina no batem e acusa delatores de combinarem depoimentos

 



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Ex-secretrio alega que nmeros de propina no batem e acusa delatores de combinarem depoimentos

VINÍCIUS LEMOS

31 de Julho de 2017 as 09:31

 

O ex-secretário de Estado de Fazenda, Marcel de Cursi, afirmou que há inconsistências na denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) referente à quarta fase da “Operação Sodoma”, que apura suposto desvio de mais de R$ 15 milhões dos cofres públicos. Conforme Cursi, há incoerência no montante que as investigações apontaram que teriam sido desviado dos cofres públicos estaduais.

Marcel de Cursi é acusado de integrar a organização criminosa que atuava na administração do Estado durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que seria o líder dos esquemas criminosos. O ex-secretário é alvo de quatro fases da Sodoma e estava preso desde setembro de 2015, em razão da suposta participação nos crimes contra os cofres públicos. Ele obteve o direito à liberdade em 11 de julho, logo após o ex-governador também deixar o Centro de Custódia da Capital.

Na tarde da última sexta-feira (28), o ex-secretário de Estado de Fazenda prestou depoimento à juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, referente à quarta fase da Sodoma, que apura suposto desvio de, aproximadamente, R$ 15,8 milhões dos cofres do Estado, em 2014, por meio do pagamento de desapropriação de uma área localizada no Bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, que custou R$ 31,7 milhões.

O pagamento total foi feito à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários, que teria ficado com metade do valor correspondente à transação. Os mais de R$ 15 milhões teriam sido destinados ao grupo criminoso de Silval Barbosa.

Nesta sexta-feira, logo após prestar depoimento à Justiça, Cursi afirmou que há inconsistência na denúncia do Ministério Público Estadual, em relação aos valores que as investigações apontaram que teriam sido desviados dos cofres públicos. "Se você somar o próprio conteúdo da denúncia, do caderno investigativo, a suposta empresa laranja teve, nas suas contas, um movimento de R$ 11,8 milhões, só que ela pagou R$ 17,286 milhões. As contas não fecham”, argumentou.

"Eu tirei os números das páginas e citei [no depoimento à juíza]. Não criei nada. Reproduzi o que está na denúncia, que dá mais de R$ 15 milhões, são R$ 17,268 milhões”, completou.

O levantamento do MPE é feito com base nas investigações e também em delações premiadas referentes à ação penal. Ao ser questionado sobre a possibilidade de os delatores terem combinado sobre as declarações que fariam à Justiça, inclusive sobre o montante que teria sido desviado dos cofres públicos, Cursi esquivou-se.

"A gente não deve fazer ilações. Existe a notícia desse fato. Há um processo sobre esse fato. Agora, pessoas testemunharam, não eu, que eles ficaram presos na mesma cela e, entre si, fizeram acordos”, declarou.

Cursi também foi questionado sobre a possibilidade de o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, ter sido o líder do esquema de desapropriação no Bairro Jardim Liberdade. Mais uma vez, ele se esquivou.

"Não vou falar sobre ninguém, estou aqui apenas me defendendo e tentando, de alguma forma, sobreviver a essa avalanche, a essa devastação que foi feita na minha vida. Tentando, de uma forma, bastante limitada, produzir provas e voltar para a minha inocência, diante de uma máquina gigantesca, que é o Estado, Ministério Público e a Polícia, com todo mundo batendo em mim. Só isso que estou tentando”, asseverou.










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