Em nota pública, o escritório do Dr. Hélio Júnior esclarece
que em momento algum o seu cliente Antônio Caliare, também advogado, descumpriu
cautelares que justificassem a sua prisão na tarde de hoje, 26 de fevereiro, a
mando do Gabinete de Alexandre de Moraes. Confira a nota:
“Brasília, 27 de fevereiro de 2025.
A defesa de Antônio
Valdenir Caliare vem a público para se manifestar sobre a decisão que
determinou a prisão preventiva do nosso cliente, decretada pelo Ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em primeiro lugar,
ressaltamos que o Sr. Antônio Valdenir Caliare sempre cumpriu rigorosamente
todas as medidas cautelares impostas pela Justiça, agindo de boa-fé́ e com
total transparência. No entanto, é importante destacar que a região onde
reside, no interior do Estado de Mato Grosso, enfrenta graves limitações de
infraestrutura de telecomunicações, o que impacta diretamente no funcionamento
adequado do dispositivo de monitoramento eletrônico. Essas falhas técnicas,
amplamente conhecidas e documentadas, foram reiteradamente comunicadas ao Judiciário,
inclusive com pedidos de esclarecimentos junto à Central de Monitoramento do
Estado. A defesa apresentou justificativas detalhadas e solicitou a realização
de perícia técnica para comprovar as dificuldades de sinal na região, bem como
a ausência de intenção dolosa por parte do nosso cliente. Infelizmente, tais
pedidos não foram acolhidos, e a decisão de decretar a prisão preventiva foi
baseada em interpretações que não consideraram integralmente as circunstancias técnicas
e geográficas envolvidas. Reiteramos que o Sr. Antônio Valdenir Caliare jamais
teve a intenção de descumprir as medidas cautelares impostas. Pelo contrário,
ele sempre demonstrou comprometimento com o processo e com a Justiça,
colaborando ativamente com as autoridades. A defesa continuará adotando todas
as medidas cabíveis para reverter essa decisão e garantir os direitos do nosso
cliente, inclusive por meio dos recursos legais disponíveis. Por fim,
ressaltamos que a defesa espera que o STF venha reavaliar as provas e os fatos
apresentados, de modo a assegurar que a Justiça seja feita com base em
elementos concretos e não em suposições ou interpretações equivocadas.
Atenciosamente,
Dr. Júnior”