Um decreto federal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu por 90 dias as atividades de assistência internacional e, com isso, paralisou o Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS), executor do Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios no Brasil.
A parceria, executada desde 2021, tem como principais
atividades o treinamento de profissionais e a realização de estudos técnicos.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) confirmou a suspensão, informando que foi
notificado por e-mail sobre o decreto, que entrou em vigor no final de janeiro.
A parceria entre o Brasil e os Estados Unidos para o combate
aos incêndios florestais é custeada pelo USFS com recursos da Agência dos
Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e outras fontes.
Não há repasses de recursos financeiros ao Ibama.
A execução do projeto é realizada pelo USFS junto com as
instituições brasileiras Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Em nota, o Ibama esclareceu que o corte de recursos não
afeta diretamente o enfrentamento aos incêndios florestais no Brasil, já que a
prevenção e o combate são financiados pelo orçamento da União.
O prejuízo envolve aspectos técnicos, já que a interrupção
de algumas ações poderiam afetar particularmente a capacitação de
profissionais.
O instituto afirmou que, mesmo com a suspensão do programa,
as atividades e reuniões já previstas serão avaliadas pelas instituições
brasileiras envolvidas, que estão tomando as decisões sobre a manutenção ou
remarcação das ações sem a participação do USFS.
O órgão reforçou que o trabalho de prevenção e combate aos
incêndios florestais segue normalmente com os recursos nacionais, sem depender
da cooperação internacional para a execução das ações.