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Homem é arrastado por correnteza em Juína, mas sobrevive graças a pedaços de madeira

  Foto: Reprodução

A forte chuva que atingiu Juína, no Noroeste de Mato Grosso, na tarde deste sábado, 30, provocou alagamentos em diversas áreas da cidade. Entre os mais afetados estava o Bairro São José Operário, onde Nilton Santos de Carvalho viveu momentos de desespero. Arrastado pela correnteza enquanto pilotava sua moto, ele só conseguiu se salvar ao se agarrar em pedaços de madeira. "Não fosse uns paus, no meio da água, eu estava morto!", relatou Nilton.

O incidente ocorreu nas imediações da AME, região frequentemente afetada por alagamentos devido à proximidade com um córrego e ruas em nível inferior. A situação precária da infraestrutura é um problema recorrente, e a chuva intensa agravou o quadro, transformando a área em um ponto crítico. Moradores, preocupados, alertaram o Corpo de Bombeiros sobre o possível desaparecimento de uma pessoa.

Ao chegar ao local, os bombeiros iniciaram as buscas, mas logo receberam a notícia de que Nilton havia conseguido sair da água sozinho, sem ferimentos graves. Ele relatou que, enquanto era levado pela força da água, pensava em sua filha de dois anos e rezava por proteção. Nilton foi arrastado junto com sua moto, uma Start Preta 150, e contou que, ao se deparar com pedaços de madeira no que parecia ser um cercado de chiqueiro, agarrou-se a eles para evitar o pior.

O soldado bombeiro Giaccobo destacou que o acúmulo de lixo na região contribui significativamente para o entupimento de bueiros, o que agrava a vazão da água durante chuvas fortes. Ele ressaltou a importância de conscientizar a população sobre o descarte correto de resíduos. Tanto Giaccobo quanto Nilton agradeceram por não haver vítimas fatais no incidente, que resultou apenas em prejuízos materiais.

A equipe do SAMU também esteve presente, mas não precisou prestar atendimento, já que Nilton não sofreu ferimentos. Quanto à motocicleta, que foi arrastada pela correnteza, os bombeiros informaram que farão buscas para recuperá-la. O caso reforça a necessidade de melhorias urgentes na infraestrutura da cidade para prevenir novas tragédias.