Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, realizada ontem (12), a Polícia Civil em Juína, Mato Grosso, prendeu três pessoas durante diligências que resultaram na localização do corpo de José Almiro Monte, conhecido como Zezinho, de 50 anos. O corpo, que estava decapitado e com as mãos amarradas, foi encontrado em uma cova rasa em uma área de mata no bairro Palmiteira. Zezinho havia sido sequestrado e morto no dia 15 de julho pela facção criminosa Comando Vermelho.
A prisão de Suzeni Aparecida dos Santos, conhecida como "Madona" ou "Lara", de 20 anos, foi crucial para a descoberta do corpo. Suzeni apontou a exata localização da cova e confessou sua participação no assassinato. Segundo ela, Zezinho foi morto por comprar drogas de uma facção rival. Durante a operação, a polícia também encontrou drogas e armas na residência de Suzeni, incluindo uma pistola Taurus calibre .380 e uma espingarda calibre 12 com numeração suprimida.
Além de Suzeni, foram presos José Luiz da Costa, em cuja caminhonete foi encontrado um tablete de maconha, e Eni Bergamin dos Santos, avó de Suzeni, que também estava na residência onde as armas e drogas foram apreendidas. Suzeni afirmou que José Luiz a ajudava no transporte de drogas e armas, mas negou a participação de sua avó.
O delegado titular da delegacia em Juína, Dr. Ronaldo Binoti Filho, que conduziu as diligências, acredita que a mesma facção é responsável por outros crimes na região, incluindo a morte de uma adolescente de 14 anos no bairro Módulo 4 e de Nelson Zaroio. Binoti Filho, destacou a importância de isolar os mandantes desses crimes, que estariam agindo de dentro de presídios, para evitar novas execuções.
O caso de Zezinho gerou grande repercussão em Juína pela brutalidade do crime. A família já reconheceu o corpo, que foi liberado para sepultamento. Suzeni deverá responder por tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo, organização criminosa e homicídio, enquanto os outros dois presos responderão por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.