Exploração sexual infantil em MT sobe 50% em um ano

 



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Exploração sexual infantil em MT sobe 50% em um ano

G1-MT

04 de de 2022 as 06:41

 

Mato Grosso é o segundo estado com o maior número de crimes de exploração sexual infantil, de acordo com o 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, referente a 2020 e 2021. No período, os casos envolvendo crianças de 0 e 17 anos aumentaram 50,8%. 

Conforme o documento, Mato Grosso apresenta taxa de 5,4 por 100 mil habitantes, bem acima da média nacional, que varia entre 0 e 2,9. O estado fica atrás somente de Mato Grosso do Sul, com 8,5.

Casos de exploração sexual em crianças de 0 a 17 anos em Mato Grosso:

Em 2020: 35 casos (3,6%)

Em 2021: 53 casos (5,4%)

Aumento de 50,8%

Em âmbito nacional, foram 683 vítimas de exploração sexual infantil nesta faixa etária em 2020. O número subiu para 733 no ano seguinte, o que representa um aumento de 1,3 para 1,4 na taxa por 100 mil habitantes.

Segundo o levantamento, esses casos acontecem por falta de proteção do Poder Público. "Os dados sobre violência sexual contra crianças e adolescentes demonstram que o estado brasileiro não consegue dar conta de proteger suas crianças e adolescentes contra a violência sexual", destaca.

O documento informa que a maior parte dos casos de exploração sexual envolve meninas.

"Se os registros apontam uma maior prevalência de meninas vítimas nesses casos, sabe-se que os tabus e o preconceito que envolvem a violência sexual contra homens são responsáveis por níveis de subnotificação ainda maiores no caso de vítimas do sexo masculino, principalmente adolescentes e jovens", mostra a pesquisa.

 

Exploração sexual infantil

Para o Anuário, os crimes de exploração são referentes a toda forma de comércio do próprio corpo. Como a vítima é menor de idade, a vulnerabilidade dela justifica a criminalização do ato, independentemente do suposto desejo.

Os principais autores deste tipo de crime podem estar bem próximos da vítima. "Os autores do crime podem ser o aliciador, o proprietário do local onde a exploração ocorre, o 'cliente' ou quem mais esteja explorando sexualmente a vítima como, por exemplo, mães e pais que entreguem seus filhos para turismo sexual", aponta o documento.

 










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