Uma pessoa morreu, na manhã desta segunda-feira (16), na Rocinha, Zona Sul do Rio, durante uma operação de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na comunidade. A ação acontece dois dias depois da morte de oito pessoas na favela.
De acordo com o porta-voz da Polícia Militar, Major Ivan Blaz, até o momento um fuzil foi apreendido pelo Bope. De acordo com a polícia, o suspeito estava com um fuzil modelo 566 e tinha, aparentemente, cerca de 30 anos. O confronto aconteceu na localidade conhecida como 199.
Na manhã de sábado (24), uma operação policial na Rocinha terminou em confronto e deixou pelo menos oito mortos. A Polícia Civil identificou 7 dos 8 corpos. De acordo com o Major Ivan Blaz, 4 deles já tinham antecedentes criminais.
O tiroteio no sábado (24) pela manhã durou, pelo menos, uma hora, deixando oito mortos. Alguns parentes contestam a versão dada pela polícia de que eles tinham envolvimento com o tráfico de drogas. A família de Matheus da Silva Duarte diz que ele era dançarino de um projeto social e tinha acabado de chegar de uma festa de 15 anos e resolveu dar uma passada no baile funk que ainda acontecia na comunidade e acabou sendo atingido pelas costas.
As armas dos policiais que participaram dessa operação foram apreendidas e vão passar por uma perícia. De acordo com o delegado responsável pelas investigações, não há indícios de execução.
Na semana passada, um PM e um morador foram baleados e morreram durante tiroteio na favela. O soldado Filipe Santos de Mesquita foi atingido por quatro tiros durante um confronto entre policiais e traficantes, por volta das 20h30. Ele foi levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, mas morreu logo depois. Na ação, o morador Antonio Ferreira da Silva, conhecido como Marechal, também foi baleado e morreu. Antonio vendia itens usados na localidade do Valão, na Rocinha, quando o confronto começou.
Segundo a polícia, o tiroteio começou quando PMs da UPP Rocinha foram atacados durante patrulhamento pelo Largo do Boiadeiro. O soldado PM Felipe Mesquita foi atingido e socorridos ao Hospital Miguel Couto. Ele não resistiu aos ferimentos. A PM também confirmou que o morador foi baleado na passarela.
O enterro de Marechal aconteceu no sábado e deixou muitos amigos e moradores da comunidade emocionados. No entanto, alguns não puderam comparecer ao enterro no Cemitério do Caju, na Zona Portuária, por causa do tiroteio que deixou oito mortos na região.