Os fiscais do Ibama realizaram mais uma etapa da operação “joio” na região noroeste de Mato Grosso. Na última semana, o foco foi madeireiras e áreas de desmatamento ilegal no município de Brasnorte (575 km de Cuiabá), porém ações acontecem também em Juína e Colniza.
“Em Brasnorte a equipe fez dois flagrantes, um desmatamento de cerca de 30 hectares numa área particular, onde foram apreendidos um trator esteira e um trator de pneu, também teve um flagrante de extração florestal, com apreensão de uma pá carregadeira e um trator de pneu”, detalhou Evandro Selva, chefe da Unidade Regional do Ibama com sede em Juína.
A equipe visitou também pátios de madeireiras suspeitas de irregularidades, uma das indústrias fiscalizadas, estava inclusive com bloqueio no Documento de Origem Florestal (DOF), mesmo assim, funcionava até ser lacrada pelo órgão. Em outra empresa, os agentes suspeitavam de receptação de madeira oriunda de terras indígenas. Parte da madeira encontrada na operação, havia sido desovada a cerca de 2 quilômetros da cidade, com intuito de driblar a fiscalização.
“A equipe fez a apreensão da madeira que será doada para conselhos de segurança de Juína e Brasnorte, ou seja, será revertida para a própria comunidade”, explicou Selva.
A operação contou com apoio de policiais militares, das prefeituras e de promotores de justiça.
Operação Joio:
Conhecida pelos nomes comuns de joio ou cizânia, que cresce até 1 metro de altura, com inflorescências em espiga e grão de cor violácea. Morfologicamente muito parecida com o trigo e crescendo nas zonas cerealíferas, é considerada uma erva daninha desse cultivo. A semelhança entre essas duas plantas é tão grande que em algumas regiões costuma-se denominar o joio como "falso trigo". Contudo após maduro o joio é fácil identificar e arrancar, diferenciando assim o trigo do joio.
A operação busca separar quem trabalha legalmente, punindo os infratores da lei, acabando assim com a concorrência desleal.