O travesti que teria atropelado e matado um idoso, que aguardava atendimento no pátio da Policlínica Doutor Clóvis Pitaluga de Moura, no Bairro Planalto, na manhã de quinta-feira (11), em Cuiabá, foi identificado pela Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran). Segundo a delegacia, Igor Gomes Mulato, de 19 anos, que usa o nome social de Giovanna, não tinha carteira de habilitação e negou que ingeriu bebida alcoólica.
O carro, com cinco pessoas, ficou sem controle, atingiu uma árvore, capotou e atingiu três idosos que aguardavam atendimento na frente da policlínica. Benedito Castravechi, de 66 anos, foi socorrido e morreu durante o atendimento médico. O grupo retornava de uma tabacaria em Cuiabá, onde beberam durante a madrugada.
O dono do veículo, identificado como Anderson, estava altamente alcoolizado e confiou a direção do veículo a Giovanna, que além de não ter carteira estaria sob efeito de álcool.
A travesti foi identificada, prestou depoimento e foi liberada. Ela deve responder em liberdade. A Deletran tenta identificar todos os ocupantes do veículo que se envolveu no acidente.
De acordo com o delegado Cristian Alessandro Cabral, o aparelho de Giovanna foi apreendido. Uma perícia será feita no celular e a polícia já identificou mensagens onde ela comenta sobre o atropelamento e fala sobre o envolvimento dela no acidente.
“Durante o interrogatório ela fez a confissão do crime. Ela alega que não estava sob efeito de álcool, que justamente ela foi escolhida pelo grupo para fazer a condução do veículo, mas não é habilitada. Ela alega que foi desviar de um buraco, perdeu o controle da direção e causou o acidente”, disse o delegado.
O proprietário e motorista do veículo também já foi identificado. Ele vai responder pelo artigo 310, que penaliza quem confia um veículo automotor a outro que não tem habilitação. Ele também pode, futuramente, responder junto com Giovanna pelo crime de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) na direção de veículo.