A médica Tereza Cristina Silva, da Unidade de Saúde do Centro de Brasnorte, trouxe à tona uma importante reflexão sobre os malefícios causados pelo uso dos cigarros eletrônicos, também conhecidos como "vapes". Segundo a médica, esses dispositivos, inicialmente promovidos como uma alternativa mais segura ao cigarro convencional, podem causar graves problemas de saúde, incluindo câncer e doenças respiratórias. “O cigarro eletrônico é uma ameaça subestimada, e seus efeitos podem ser devastadores, especialmente entre os jovens, que são os principais consumidores”, destacou.
Os vapes atraem usuários com seu design moderno, cores vibrantes e uma ampla variedade de sabores artificiais, que vão de frutas a sobremesas. Essa estratégia de marketing tem sido eficaz para conquistar consumidores, especialmente adolescentes. No entanto, a médica enfatizou que esses dispositivos emitem vapores que contêm substâncias altamente tóxicas, como nicotina em altas concentrações, metais pesados e compostos químicos capazes de causar inflamações pulmonares e outros danos graves à saúde.
Entre as doenças associadas ao uso de cigarros eletrônicos estão câncer, bronquite crônica, doenças cardiovasculares e problemas neurológicos. Tereza Cristina também alertou para a vulnerabilidade dos pulmões, que são diretamente expostos aos componentes nocivos do vapor. “Embora os vapes sejam apresentados como menos prejudiciais, os danos provocados por eles podem ser tão severos quanto os do cigarro convencional”, afirmou.
Outro ponto preocupante é a dependência gerada pelo uso desses dispositivos. A alta concentração de nicotina faz com que o vício seja instalado rapidamente, especialmente entre os mais jovens. Além disso, muitos usuários acabam fazendo a transição para o cigarro convencional, ampliando os riscos à saúde. “A ideia de que o cigarro eletrônico ajuda a parar de fumar é um mito. Na prática, ele acaba criando novos tabagistas”, pontuou a médica.
Tereza Cristina reforçou a importância de campanhas educativas e políticas públicas que limitem a disseminação desses dispositivos. Ela acredita que a conscientização é a chave para combater o problema e proteger a saúde pública. “Precisamos informar a população, principalmente os jovens, sobre os perigos reais dos cigarros eletrônicos. Eles não são uma solução, mas sim uma ameaça que exige atenção imediata”, concluiu.