Laboratório abre sindicância para apurar transplantes com HIV

 



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Laboratório abre sindicância para apurar transplantes com HIV

Gazeta do Povo

11 de Outubro de 2024 as 20:53

  Foto: Reprodução

O laboratório PCS Lab Saleme anunciou que instalou uma sindicância interna para apurar as responsabilidades relacionadas aos casos de transmissão do vírus HIV a pacientes transplantados no Rio de Janeiro.

A instituição se posicionou após o caso vir à tona, por meio da Secretaria Estadual de Saúde fluminense (SES-RJ), nesta sexta-feira (11). Segundo a SES-RJ, o caso é "inadmissível" e por isso irá abrir uma síndicância para punir os responsáveis.

A apuração aponta que o laboratório PCS Lab Saleme, localizado em Nova Iguaçu (RJ), recebeu R$ 11 milhões para realizar exames de sorologia dos órgãos doados. No entanto, uma inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizada nesta quinta (10) constatou que o local não tinha sequer os kits necessários para realizar os exames de sangue.

Em nota divulgada à imprensa, o laboratório diz ter passado à à Central Estadual de Transplantes os resultados de todos os exames de HIV realizados em amostras de sangue de doadores de órgãos entre 1º de dezembro de 2023 e 12 de setembro de 2024, período em que prestou serviços à Fundação de Saúde do Governo do Estado. “Nesses procedimentos foram utilizados os kits de diagnóstico recomendados pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, acrescenta.

Segundo o laboratório, trata-se de “um episódio sem precedentes na história da empresa, que atua no mercado desde 1969”.

A PCS Lab também informou que dará “suporte médico e psicológico” aos pacientes infectados e seus familiares e que está à disposição das autoridades para a investigação sobre o caso.

O Ministério da Saúde disse à Gazeta do Povo que está tratando a situação com "extrema seriedade" e tomou medidas imediatas para "preservar a confiança da população nesse serviço essencial".

A situação foi descoberta no início de setembro quando um paciente que recebeu um coração, no final de janeiro, apresentou sintomas neurológicos e testou positivo para o HIV, vírus que ele não possuía antes do procedimento. Foi o início da apuração do caso e levou as autoridades a realizarem exames em outros dois pacientes que haviam recebido rins do mesmo doador – confirmando o diagnóstico.

Ainda de acordo com a apuração, a SES-RJ foi notificada há uma semana de mais um paciente que teria recebido órgãos infectados após o transplante. Ao todo, seis casos idênticos foram confirmados.

 










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