A Justiça de Mato Grosso decidiu manter a prisão preventiva de Edgar Ricardo de Oliveira, um dos responsáveis pela chacina que deixou sete mortos em Sinop. A decisão foi assinada pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista, da 1ª Vara Criminal de Sinop, e publicada nesta segunda-feira (26).
O crime ocorreu em 21 de fevereiro do ano passado, durante o último dia de Carnaval, em um bar na cidade. Edgar foi preso dois dias depois e está atualmente recluso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
A reavaliação da prisão preventiva foi realizada a pedido da Corregedoria de Justiça de Mato Grosso, que exige uma revisão do decreto a cada 90 dias para prevenir alegações de nulidade no processo.
Na decisão, o juiz destacou a necessidade de manter a prisão para garantir a ordem pública, apontando a "periculosidade" do acusado. Edgar deve enfrentar o júri popular em 15 de outubro. "Não se vislumbra qualquer alteração fática-jurídica favorável ao acusado", afirmou o magistrado, justificando a manutenção da prisão preventiva.
Edgar responde por sete homicídios qualificados, incluindo motivos torpes, meio cruel, e emprego de arma de fogo.
A Chacina
Edgar Ricardo de Oliveira e Ezequias Souza Ribeiro, seu comparsa, abriram fogo contra as vítimas após perderem apostas em um jogo de sinuca. Ezequias morreu em um confronto com a polícia no dia seguinte ao crime. Edgar se entregou no dia 23 de fevereiro.
As vítimas foram identificadas como Larissa Frasão de Almeida, de 12 anos, seu pai Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36; Orisberto Pereira Sousa, de 38; Adriano Balbinote, de 46; Josué Ramos Tenório, de 48; Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35; e Elizeu Santos da Silva, de 47.