A defesa do ex-governador Blairo Maggi apresentou uma petição junto ao juízo da Vara Especializada em Ações Coletivas de Cuiabá, pedindo a liberação de uma fazenda do empresário, localizada em Itiquira. A propriedade rural havia sido alvo de um bloqueio judicial por conta da ação de improbidade administrativa referente ao suposto esquema de “compra” de vagas no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
A investigação se deu em decorrência da Operação Ararath, e investigava a suposta venda da cadeira no TCE que pertencia ao conselheiro Alencar Soares. Segundo as apurações, a vaga poderia ser repassada para Eder Moraes, que à época era secretário de Estado na gestão de Maggi.
Blairo Maggi acabou sendo absolvido da ação de improbidade e o juízo da Vara Especializada em Ações Coletivas de Cuiabá determinou a revogação do bloqueio de diversos bens do ex-governador. Entre eles, estão propriedades no município de São Félix do Araguaia e no condomínio Portal das Águas, no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães.
No entanto, uma das propriedades do ex-governador, localizada em Itiquira, ainda não foi alvo da revogação de bloqueio, o que motivou a petição por parte da defesa de Blairo Maggi. O requerimento será analisado pelo juiz Bruno D’Oliveira Marques, que definirá pera retirada ou não da indisponibilidade da fazenda.
“O peticionante comparece-se nestes autos para noticiar esse Juízo de que há outro imóvel ainda não informado no qual se mantém a indisponibilidade gravada em sua matrícula. O imóvel é o de matrícula 3.704 do 1º Ofício do Registro de Imóveis, Títulos e Documentos da Comarca de Itiquira/MT, razão pela qual se requer a expedição de solicitação de levantamento da indisponibilidade”, diz o pedido da defesa.