Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde apontou que, entre janeiro e novembro de 2023, Mato Grosso liderava a relação de estados com a maior taxa de descoberta de hanseníase no país, com três mil 927 casos registrados.
Em seguida, está o Maranhão, com pouco mais de dois mil casos detectados no período citado.
A hanseníase é uma doença transmissível caracterizada pela alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e atinge, principalmente, a pele, mucosas e nervos periféricos.
No Brasil, também entre janeiro e novembro do ano passado, foram diagnosticados mais de 19 mil novos casos da doença, número superior ao registrado no mesmo período de 2022.
Conforme o boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, Mato Grosso faz parte dos chamados clusters, isto é, uma área com maior risco e onde se encontra a maioria dos casos.
Ainda de acordo com o levantamento, o primeiro cluster foi detectado entre 2017 e 2020, sendo composto de 41 municípios, todos em Mato Grosso, e constituiu a área de maior risco para contrair a hanseníase.
A doença tem cura e o tratamento é disponibilizado gratuitamente pelo SUS, Sistema Único de Saúde.
Quando tratada, quebra a cadeia de transmissão, por isso a importância da sua detecção precoce.
O Brasil é o segundo no mundo, atrás apenas da Índia, em número de casos de hanseníase.