A vacina contra a Covid-19 produzida pela farmacêutica Moderna foi autorizada para uso emergencial nos Estados Unidos pelo FDA (Administração de Drogas e Comida, na sigla em inglês), o equivalente americano à Anvisa.
O FDA fez seu anúncio no Twitter na noite desta sexta-feira (18), seguindo a recomendação de seu painel de especialistas. A aprovação foi sugerida pelo comitê técnico após reunião realizada na quinta-feira (17).
“A autorização de uso de emergência permite que a vacina seja distribuída nos EUA para uso em indivíduos com 18 anos ou mais”, tuitou a FDA.
Na semana passada, esse procedimento também aconteceu com a vacina produzida pela Pfizer e pela alemã BioNTech.
Em poucos dias após a aprovação pelo FDA, esse primeiro imunizante começou a ser ministrado em todo o país. Para que a vacina da Moderna siga o mesmo caminho falta um último sinal verde, este do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, e a segunda-dama Karen Pence foram vacinados nesta sexta-feira (18). O evento foi transmitido em público, no que o governo disse ser um esforço para construir a confiança dos americanos em torno da segurança e da eficácia da vacina.
Com esse mesmo propósito, o presidente eleito Joe Biden e a vice-presidente eleita Kamala Harris também devem se vacinar nos próximos dias. Aos 78 anos, Biden faz parte do grupo de maior risco para a Covid-19.
Moderna e Pfizer: Semelhanças e diferenças
Assim como a vacina da Pfizer, a da Moderna é feita usando o RNA mensageiro, ou mRNA, que é uma receita genética para fazer um pedaço dos espinhos que caracterizam o aspecto externo do coronavírus.
Uma vez injetado, o sistema imunológico da pessoa vacina produz anticorpos contra os espinhos. Se uma pessoa vacinada for exposta posteriormente ao coronavírus, esses anticorpos devem estar prontos para atacar o vírus.
Mas existem algumas diferenças importantes. A mais crucial é que a vacina da Moderna pode ser armazenada em freezers normais e não requer uma rede de transporte superfria, tornando-a mais acessível para instalações menores e comunidades locais.
Tanto a vacina da Moderna quanto a da Pfizer-BioNTech mostraram níveis de eficácia semelhantes e expressivos, de quase 95%.
“Elas parecem ser mais ou menos equivalentes”, afirmou o doutor Paul Offit, membro do comitê consultivo de vacinas da FDA, durante uma aparição no programa New Day da CNN norte-americana na terça-feira (15).
A vacina da Moderna é administrada em duas doses de 100 microgramas aplicadas com 28 dias de intervalo. A vacina da Pfizer é administrada em duas doses de 30 microgramas, aplicadas com 21 dias de intervalo.
Em atualização