Segundo o Sub-tenente Arilson Soares relatou, após a extinção do incêndio foi feita a averiguação na comunidade e chegou-se a três suspeitos. Eles foram levados à delegacia municipal onde foi lavrado o Boletim de Ocorrência e ambos responderão pelo crime. Em Colniza já foram realizadas sete prisões por queimada ilegal entre julho e setembro.
A responsabilização de uma queimada é um processo ainda em desenvolvimento e sempre ocorre depois do combate ao fogo e da perícia técnica. Com 3.952 focos de calor no estado durante o ano fica mais claro que a denúncia é indispensável para encontrar e punir os culpados. Essa é uma das principais ferramentas de repressão ao crime.
Colniza é o município com mais focos de calor em todo o estado com 2.318 registros. O segundo colocado (Paranatinga - 1.308), apresenta mais de mil focos a menos. A presença do Corpo de Bombeiros Militar está buscando não só combater os incêndios e prender culpados, mas criar uma compreensão sobre crimes ambientais na região.
Até a primeira quinzena de agosto, Mato Grosso ostentava uma redução de 20% no número de focos de calor, mas perdemos esse número rapidamente devido à quantidade de incêndios rurais e florestais em todo o território, com maior concentração na região amazônica. Mas todo o Brasil apresentou crescimento preocupante no número de focos de calor em 2017, com mais de 95 mil focos em setembro.
Mato Grosso também apresentou crescimento dos dados em agosto e setembro, mas entre os estados da Amazônia Legal que tiveram crescimento do número de focos de calor, registrou o menor aumento. Pará (229,93%), Maranhão (123,14) e Tocantins (42,79%) foram os estados da Amazônia com maior aumento de focos de calor. Mato Grosso ficou em quinto (32.334 focos – 34,71%) entre os estados que registraram números inflacionados de incêndios. Acre, Roraima e Amapá conseguiram apresentar números negativos, mas estão numa área com regime de chuvas diferenciado, com alta umidade durante esse período.