Cinco frigoríficos em Mato Grosso sob inspeção federal paralisaram atividades em maio deste ano por questões comerciais ou risco de transmissão de covid-19. A informação é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), divulgada nessa semana por meio de relatório mensal.
Em duas unidades os abates bovinos continuam suspensos. Localizadas nos municípios de Brasnorte (a 579 km a noroeste) e Juína (a 735 km a noroeste), as plantas frigoríficas pertencem ao Grupo JBS, que não quis comentar. A paralisação desde o final de março é confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Laticínios do Portal da Amazônia (Sintracal) e pelo Sindicato Rural de Brasnorte.
No país, 47 abatedouros frigoríficos aptos a exportação interromperam temporariamente suas atividades, sendo 39 paralisados por questões comerciais - não relacionadas à transmissão do coronavírus - e 8 foram em decorrência de interdição temporária determinadas por órgãos externos, como Secretaria de Saúde, Secretaria do Trabalho e Ministério Público do Trabalho (MPT). Em Mato Grosso, as suspensões dos abates foram motivadas por razões mercadológicas.
De acordo com o Mapa, 3.303 mil estabelecimentos de produtos de origem animal estão registrados no Serviço Sanitário de Inspeção Federal (SIF) no país, nas áreas de carnes, leites e produtos lácteos, mel e produtos apícolas, ovos e pescado e derivados. Em maio, o SIF atendeu demandas de forma emergencial que resultaram na autorização de 205 atividades de abate em turnos ou dias adicionais à regularidade operacional dos frigoríficos de aves, bovinos e suínos. Neste mês, foram programados e autorizados previamente 27 turnos extras. O governo federal tem monitorado junto com as empresas e representantes do setor produtivo os casos de covid-19 nas indústrias, bem como as medidas de proteção adotadas.