Juiz que levou tiro de ru em frum voltar a trabalhar em MT com bala alojada no ombro

 



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Juiz que levou tiro de ru em frum voltar a trabalhar em MT com bala alojada no ombro

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02.10.2018 Ás 20:04

  Foto reproduo

O juiz Carlos Eduardo de Moraes e Silva teve alta médica nesta terça-feira (2) após ser baleado por um homem, réu em uma ação por homicídio nesta segunda-feira (1º), em Vila Rica, a 1.276 km de Cuiabá.

Os médicos do hospital para o qual o magistrado foi levado, em Palmas (TO), não conseguiram retirar a bala, que está alojada no ombro esquerdo.

Conforme o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o juiz retorna ao trabalho já nesta quinta-feira (4).

Segundo informações da Polícia Militar, Domingos Barros de Sá entrou no fórum, foi ao gabinete do magistrado armado com um revólver calibre 22 e ambos entraram em luta corporal.

De acordo com a Polícia Civil, que passa a investigar o caso, o suspeito entrou no fórum ao lado de seu advogado. Os dois foram em direção ao juiz e ao promotor para pedir que fosse marcado logo a data do julgamento de um processo, momento que o suspeito sacou uma arma de fogo e apontou na direção do juiz.

Um policial militar, que tinha ido buscar o próximo preso para audiência, chegou, sacou a arma de fogo e atirou contra o suspeito.

Imagens do circuito interno de segurança do Fórum de Vila Rica gravaram o momento em que o juiz foge do gabinete dele após ser baleado.

A Associação Mato-grossense dos Magistrados (Amam) se manifestou, por meio de nota, afirmando que há muito tempo reivindica mais segurança durante a atuação jurídica, como os detectores de metal e a presença da Polícia Militar nos ambientes dos fóruns.

“Em virtude das ocorrências dos últimos dias, semanas e meses entendemos que a segurança pessoal dos magistrados e a segurança ambiental nos Fóruns de todo o Estado precisam ser prioridades do nosso Tribunal de Justiça, pois já é fato que a Justiça de nosso Estado vem sofrendo violações em grau cada vez mais intenso, o que tem colocado a descoberto uma das últimas muralhas do Estado Democrático de Direito”, afirmou o presidente da Amam, juiz José Arimatéa Neves, por meio de nota.

O presidente da Amam complementa que a entidade irá exigir providências em todas as esferas em relação a esses ataques à democracia e ao livre exercício da profissão do magistrado, bem como estará à disposição do TJMT para os estudos de soluções de curto, médio e longo prazo para o estabelecimento de condições de segurança dos magistrados e dos ambientes de trabalho nos Fóruns espalhados por todo o Estado de Mato Grosso.

“A entidade irá se reunir com a Comissão de Segurança do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e, em seguida, marcará um encontro com a presidência do órgão. Isto, para verificarmos o que pode ser feito para melhorar a segurança nos ambientes de trabalho nos Fóruns – principalmente, no interior do Estado. Não é de hoje as reivindicações para a melhoria da segurança durante a atuação jurídica”, ressalta.

 

Por Flávia Borges, G1 MT











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