Prefeito de Brasnorte exonera mdicos denunciados por abusos sexuais

 



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Prefeito de Brasnorte exonera mdicos denunciados por abusos sexuais

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18.07.2018 Ás 12:55

  Foto divulgao

O prefeito de Brasnorte – MT, Mauro Rui Heisler (PSD), exonerou os médicos Nilson Domingues de Oliveira e Fábio Oliveira Martins, a medida administrativa foi tomada após o Conselho Municipal de Saúde apresentar relatório ao qual trazia em seu parecer, que pelo menos 30 mulheres confirmaram ter sofrido algum tipo de abuso dos profissionais.

Além dos médicos, outros três servidores foram denunciados pelas mesmas práticas. O prefeito Mauro Rui, disse que uma sindicância foi instaurada para apurar se estes servidores denunciados cometeram abusos contra pacientes e servidoras do hospital municipal.

“Tomamos todas às medidas administrativas que o caso requer, afastamos definitivamente os médicos e pedimos abertura de sindicância para apurar se os demais servidores citados cometeram ou não algum tipo de abuso. Nós comunicamos oficialmente a empresa responsável pela contratação dos médicos para que ela proceda com as substituições necessárias encaminhando novos médicos para nosso hospital. A população precisa ser bem atendida”, determinou o prefeito.

No relatório do Conselho, às vítimas afirmaram que o secretário de saúde Marcio Papadiuk era conhecedor dos fatos, porém, não teria tomado nenhuma atitude, teria sido omisso em uma denúncia. Na semana passada, Marcio Papadiuk se irritou com o relatório, e chegou a pedir que seu nome fosse retirado.

 A presidente do Conselho de Saúde Aparecida Muniz, disse que ficou chocada com o pedido do secretário, e afirmou que o relatório entregue ao prefeito traz denúncias graves relatadas pelas vítimas que foram ouvidas através da comissão, e segundo Cida, “não foi em conversa de corredores”. Sobre a conduta do Secretário, o prefeito não disse se manterá o mesmo no comando da pasta.

O caso

A Comissão do Conselho Municipal de Saúde de Brasnorte ouviu mais de 50 mulheres no caso que envolve possíveis agressões físicas e abusos sexuais, do total, pelo menos 30 teriam confirmado algum tipo de abuso praticado pelo médico cirurgião Nilson Domingues. A comissão ouviu também relatos de envolvimento do sobrinho dele, Fábio de Oliveira Martins que também é médico. Além deles, os servidores Luís Batistão, Paulo Roberto Ramos e Edmilson dos Santos são citados pelas vítimas.

O Repórter em Ação teve acesso com exclusividade a um dos depoimentos. Nele, a vítima afirma que os fatos eram de conhecimento dos superiores Larissa Calábria de Carvalho, diretora do hospital; Paulo Cesar Akira, diretor clínico; o enfermeiro Eberson Vogel, responsável pelo RT; e até o secretário de Saúde Márcio Papaduik, segundo ela, sabiam dos fatos.

Segundo o relatório da comissão que ouviu às vítimas entre os dias 27 e 29 de junho, às mulheres estavam com medo, relataram sofrer represália dentro de seus setores de trabalho, assédio moral, sexual e agressões físicas.

Em um dos casos, a vítima afirmou à comissão que o médico Nilson Domingues de Oliveira era muito “grosso” com os pacientes e colegas de trabalho. No mesmo depoimento, a mulher contou que o também médico Fábio Oliveira Martins a agarrou pelo braço e segurando suas mãos com força deu um beijo na boca. A testemunha disse que o médico chegava alcoolizado no hospital, e que ao agarrar a vítima, a deixava inclusive com hematomas.

Outro trecho do relatório diz. “Em outra situação, o médico agarrou-a jogando a mesma em cima da maca, tudo aconteceu sem o consentimento das vítimas. Dando continuidade, a vítima relatou que sofreu agressões físicas e assedio moral como tapa na bunda, mordida, puxões no braço e outros”.

O relatório foi assinado pela presidente da comissão Maria Muniz, pela relatora Terezinha da Costa e o membro Sebastião Rebeca.

 A denúncia veio à tona no dia 26 de junho numa entrevista do vereador Reginaldo Ribeiro (PSD), popular Carreirinha, à Band FM Brasnorte.

“Às vítimas estão abaladas e com muito medo, mas eu não vou permitir que esse criminoso continue cometendo esses abusos, já protocolei denúncia no MP, e espero que essas mulheres não tenham medo, que denunciem que ajudem a punir esse cidadão, e deixo aqui meu recado, eu não tenho medo desse tipo de gente. Vou defender o povo até que eu tiver forças, e as mulheres que foram vítimas, saibam que vocês podem e tem o direito de manter sigilo sobre suas identidades, não permitam que esse safado continue a fazer vítimas: denuncie” alertou na época.

Os médicos citados foram procurados pela reportagem, mas não quiseram falar sobre o caso. Os servidores públicos também não quiseram se manifestar. Apenas Edmilson dos Santos, apresentou um documento com a retirada da queixa por parte da vítima contra ele. Alegando que no caso dele, tudo não passou de um mal entendido.

 











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