Foto divulgaoO Jornal da Band Fm desta terça feira (26) recebeu para uma entrevista ao vivo, o vereador Reginaldo Ribeiro (PSD), popular Carreirinha (foto a baixo), a princípio para falar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que foi instaurada com objetivo de apurar possíveis irregularidades na prestação de serviços da OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público).
Na época, a empresa foi contratada pelo ex-prefeito Eudes Tarciso de Aguiar com a finalidade de realizar a contratação e consequentemente o pagamento dos médicos que atuavam junto à secretaria municipal de saúde, atendendo nos PSFs e hospital municipal de Brasnorte.
Na atual gestão, o prefeito Mauro Rui Heisler e a secretária de administração Clades Finkler, apresentaram denúncia contra a empresa, afirmando que haviam identificado irregularidades no pagamento dos profissionais da época, e que os documentos deixados pelo ex-prefeito eram bastante vagos. Diante disso, a comissão foi instaurada, e teve nomeada como presidente o vereador Carreirinha.
Durante a entrevista, Carreirinha afirmou que a CPI está em andamento e que a população pode confiar em seu trabalho, pois se for encontrada qualquer irregularidade que tenha causado dano ao erário público todos serão responsabilizados.
“Eu sou um vereador da verdade, fui eleito pelo povo e desde de que assumi tenho lutado pelo que é certo, a CPI está sim em andamento, lamento que a população não consiga essa informação devido ao cancelamento da transmissão da sessão pelo rádio, porém afirmo, essa CPI não vai terminar em pizza” enfatizou.
Mas no decorrer da entrevista à Band FM, Carreirinha fez revelações que deixaram os ouvintes surpresos. O parlamentar denunciou que no hospital municipal de Brasnorte um médico estaria abusando sexualmente de pacientes mulheres, e em um dos casos houve inclusive agressão física.
“É triste, porém verdadeiro, está acontecendo vários abusos dentro do hospital, várias mulheres me procuraram e relataram os abusos que sofreram de um covarde que se intitula de médico, estou revoltado. Mulheres que estão sendo vítimas da ação de um bandido, inclusive em um caso houve até agressão física” denunciou.
Questionado pela reportagem se às denúncias eram de conhecimento do secretário de saúde e do prefeito, o vereador afirmou que sim, e disse que o secretário pede provas para tomar providências, no caso do prefeito ele disse apenas acreditar que o mesmo tomará providências e que no mínimo afaste o profissional.
“Às vítimas estão abaladas e com muito medo, inclusive não querem levar adiante o caso, porque sente medo, eu chamei uma das vítimas para irmos ao Ministério Público, e ela se voltou contra mim hoje, inclusive disse que eu estava expondo ela e a família, elas estão se sentindo intimidadas e com medo de denunciar os abusos que sofreram, a cidade é pequena e a vergonha pra elas é muito grande, mas eu não vou permitir que esse criminoso continue cometendo esses abusos, já protocolei denúncia no MP, e espero que essas mulheres não tenham medo, que denunciem que ajudem a punir esse cidadão, e deixo aqui meu recado, eu não tenho medo desse tipo de gente. Vou defender o povo até que eu tiver forças, e as mulheres que foram vítimas, saibam que vocês podem e tem o direito de manter sigilo sobre suas identidades, não permitam que esse safado continue a fazer vítimas: denuncie” alertou.
O vereador seguiu com às denúncias na saúde pública. Ele afirmou que foi impedido pela diretora administrativa do Hospital Municipal, Larissa Calábria de Carvalho, de ter acesso ao interior do hospital, quando tinha intenção de colher um depoimento sobre uma servidora afastada por uma licença particular sem ônus. No Portal Transparência da prefeitura consta pagamentos em valores expressivos à funcionária Tania Lima Alvarenga, mas o fato é que esta servidora está fora do país estudando.
“Eu fui humilhado no hospital hoje, quando cheguei lá para realizar meu trabalho que é de fiscalizar, a diretora Larissa disse que eu não podia e não tinha esse direito que se tratava de uma questão interna, ora como não posso, eu digo a ela que quem não pode agir assim é ela, eu não só posso como é o meu dever fiscalizar as ações do governo, fui eleito pra isso, dentro do hospital de Brasnorte existe um conluio e querem por panos quentes nos fatos” alertou.
O OUTRO LADO
O médico denunciado não teve sua identidade revelada pelo vereador.
O secretário de saúde Marcio Papadiuk foi procurado pela reportagem, nossa equipe foi informada que o mesmo se encontra em viagem.
A diretora Administrativa do Hospital Municipal Larissa de Carvalho nega que tenha impedido o vereador de realizar seu trabalho.
Não conseguimos contato com o prefeito Mauro Rui Heisler.
No fim tarde de hoje o repórter da Band Fm esteve com a Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Brasnorte Cida Muniz, em entrevista a mesma afirmou que o conselho está apurando às denúncias apresentadas pelo vereador.
“O conselho criou uma comissão e a partir dessa quarta-feira dia (27), vamos ouvir às servidoras do hospital. Segundo fomos informados, as mesmas também relataram ter sofrido abusos. Amanhã vamos ouvir uma a uma, e pedimos que elas venham tranquilas e seguras e nos relatem o que de fato aconteceu, elas não precisam sentir medo algum, de ameaças ou qualquer tipo de represálias, nos dias de hoje isso é inadmissível, elas não podem e nem devem sentir medo, se foram abusadas, se foram agredidas de alguma forma é amanhã que elas precisam denunciar, nós do conselho de saúde estamos aqui e vamos esclarecer os fatos, se houve abuso sem dúvidas tomaremos providências”, garantiu Cida Muniz.
A reportagem continua acompanhando o caso de perto.
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