A juíza Débora Faitarone, da 1ª Vara do Júri de São Paulo, decretou nesta sexta-feira a prisão preventiva do ex-vereador petista Manoel Marinho, o Mainnho, e seu filho Leandro Marinho pela prática de agressões contra o empresário Carlos Alberto Bettoni na frente do Instituto Lula. No despacho, a magistrada alega a proteção da "ordem pública".
"Eles não podem permanecer em liberdade após a prática de um crime doloso contra a vida, praticado de maneira tão covarde. As imagens demonstraram que a vítima, por diversas vezes, pediu para que os réus mantivessem a calma. Ela ergueu o braço, com a palma da mão aberta e implorou para que eles cessassem as agressões. Ela tentou fugir dos réus, mas infelizmente não conseguiu", escreveu a juíza em seu despacho.
Na decisão, a juíza aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público sob acusação de homicídio qualificado e decretou a prisão preventiva, que deve ser cumprida nas próximas horas. A Justiça concordou com a Promotoria e arquivou o processo contra Paulo Cayres, o Paulão, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT.
"Os réus contaram com a impunidade, que não veio e não virá", escreveu a juíza. "A liberdade dos acusados geraria, na sociedade, uma enorme sensação de impunidade e a impunidade é um convite ao crime"
A agressão ocorreu no dia 5 de abril, quando o juiz Sérgio Moro decretou a prisão do ex-presidente Lula, durante manifestação no instituto, e foi captada por câmeras.
Os advogados de Maninho e seu filho não foram localizados.