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Ação do MP em Juína resulta em 14 investigações e R$ 16 milhões em danos ambientais

  Foto: Divulgação

 Uma força-tarefa realizada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), por meio do Grupo de Atuação Especial contra o Desmatamento Ilegal e Queimadas (Gaediq) e da 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Juína, resultou na abertura de 14 Procedimentos Investigatórios Criminais (PICs) e no oferecimento de cinco denúncias por crimes ambientais. As ações ocorreram nesta quarta-feira (21) e envolvem uma área de aproximadamente 1.595 hectares, com danos estimados em R$ 16 milhões.

Entre os crimes identificados estão desmatamento em áreas de preservação permanente, pecuária sem licença ambiental e descumprimento de embargo. As infrações ocorreram em propriedades rurais no município de Juína, a 745 km de Cuiabá.

O promotor de Justiça Rodrigo da Silva, responsável pela 2ª Promotoria da Comarca de Juína, também identificou nove casos passíveis de Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), por meio dos quais o Ministério Público buscará reparação dos danos e indenização financeira.

Segundo o coordenador do Gaediq, procurador de Justiça Gerson Barbosa, a atuação integra a estratégia do MPMT para combater o desmatamento ilegal e responsabilizar criminalmente os infratores. A investigação foi baseada em tecnologias de georreferenciamento e imagens de satélite cruzadas com dados do órgão ambiental, além de diligências da Polícia Militar Ambiental.

Um levantamento recente do Ministério Público aponta que cerca de 172 mil hectares – equivalente a 1,9% do território do estado – estão entre as áreas mais desmatadas de Mato Grosso e requerem ações penais urgentes.

“O desmatamento é a principal causa das mudanças climáticas e da ameaça de colapso ambiental. Já ultrapassamos a margem de segurança. Estamos próximos de um ponto de não retorno”, alertou o procurador Gerson Barbosa.