A sessão teve início às 8h da manhã e se estendeu ao longo
do dia, sendo finalizada no final da tarde. O Conselho de Sentença reconheceu
todas as qualificadoras do homicídio – motivo torpe, meio cruel e recurso que
dificultou a defesa da vítima, além do crime de ocultação de cadáver. A decisão
foi tomada com base nas provas colhidas ao longo do processo, incluindo
depoimentos de testemunhas, laudos periciais e provas materiais.
O juiz Fábio Alves Cardoso, que presidiu a sessão, fixou as
penas definitivas dos réus. João Pedro Ribeiro Nunes foi condenado a 17 anos de
reclusão, em regime inicial fechado. Já Wesley Marques da Cruz Nascimento, por
ser reincidente, recebeu uma pena maior, totalizando 19 anos e 2 meses de
reclusão.
O julgamento reafirma o compromisso da Justiça com a
aplicação rigorosa das leis e a punição de crimes violentos, garantindo
resposta efetiva à sociedade e às famílias das vítimas.
Relembre o caso:
O homicídio ocorreu no dia 02 de novembro de 2023, quando
Guilherme Ferreira do Nascimento foi sequestrado e levado para um local isolado
pelos réus. A vítima foi espancada brutalmente, amarrada e morta com golpes de
enxada na cabeça, sofrendo fraturas cranianas e estrangulamento. Para ocultar o
crime, os réus enterraram o corpo em uma cova rasa na zona rural de Juara, onde
ele foi encontrado apenas sete dias depois.
O caso teve grande repercussão na cidade, gerando comoção
popular e mobilização da sociedade para que a justiça fosse feita. Durante as
investigações, a polícia descobriu vídeos no celular dos réus mostrando o corpo
da vítima dentro do porta-malas de um GM Corsa vermelho, além de vestígios de
sangue humano no veículo, confirmando o transporte do cadáver.