O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, rejeitou a denúncia por organização criminosa contra Elias Thiego Barbosa, suspeito de ser o "mentor intelectual" do latrocínio do dentista Josilei da Silva Gaspar, ocorrido no ano de 2017.
Em decisão publicada nesta quarta-feira (8), o juiz entendeu
que não havia provas da existência de uma organização que atuaria de forma
coordenada e duradoura na prática criminosa. Assim, Thiego continua respondendo
apenas por porte ilegal de arma de fogo.
“Verifica-se que a Elias Thiego Barbosa sequer foi imputada
a prática do roubo que teve por vítima Josilei da Silva Gaspar, uma vez que o
acusado teria se limitado a, em tese, fornecer arma de fogo aos demais agentes
que efetivamente executaram o crime, inexistindo, portanto, maiores evidências
de animus associativo concreto”, analisou o magistrado.
O crime contra o dentista ocorreu no município de Juara (700
Km de Cuiabá). Joselei da Silva Gaspar, de 37 anos, foi encontrado no dia 24 de
setembro de 2017 em uma área de cascalheira, com os pés e mãos amarrados e uma
toalha encoberta na cabeça.
O veículo foi encontrado pela Polícia Militar depois de
informações passadas pelo município de Porto Estrela. Guarnições da PM montaram
barreiras e conseguiram avistar o veículo em alta velocidade, na comunidade
Taquaral.
A caminhonete seria trocada por armas e drogas. Elias Thiego
Barbosa foi considerado o “autor intelectual” dos crimes, monitorando horários
e obtendo informações da vítima antes do latrocínio.