Nos primeiros seis meses deste ano, Mato Grosso registrou oito casos de tráfico de pessoas para trabalho análogo ao de escravos. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (Sesp-MT), que diz que o número pode ser ainda maior, já que em muitos casos a pessoa traficada não tem conhecimento de estar sendo vítima desse crime. Esse tipo de tráfico também pode ser cometido para fins de exploração sexual e adoção irregular.
Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), que tem um Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Cetrap) regulamentado desde 2012, mulheres e crianças são os alvos principais dos criminosos.
Entre 2011 e 2016 foram registrados 17 casos de tráficos de pessoas no estado, apontam dados da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal da Sesp-MT. Segundo a pasta, a maior parte do crime de tráfico, cerca de 70%, é para exploração dentro do país de origem.
Em Mato Grosso, dois números são disponibilizados para fazer denúncia sobre tráfico de pessoas: o disque 100 e o 180, ambos gratuitos. O crime também pode ser informado nas polícias Civil e Federal e nos ministérios públicos Federal e Estadual.