Novas ondas de calor podem elevar ainda mais a tarifa de energia elétrica ao longo deste ano

 



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Novas ondas de calor podem elevar ainda mais a tarifa de energia elétrica ao longo deste ano

Odocumento

25 de Janeiro de 2024 as 16:17

  As condições climáticas têm um impacto direto na oferta e demanda de energia elétrica

O presidente do Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás (Sindenergia MT), Tiago Vianna, alerta que as condições climáticas têm um impacto direto na oferta e demanda de energia elétrica, afetando tanto o mercado livre quanto o regulado.

Conforme o presidente do sindicato, o empresário Tiago Vianna, o clima influencia a economia, o agronegócio e o setor energético, que depende principalmente de fontes hídricas. Ele destaca ainda que, apesar das fortes chuvas terem mantido os níveis dos reservatórios altos e o preço da energia baixo, isso pode mudar em 2024 devido às mudanças climáticas.

“Nossa matriz energética é basicamente hídrica, com mais de 60% da energia nacional proveniente dessa fonte. Portanto, quando há muita água, há muita energia disponível, reduzindo os preços. No entanto, isso pode não continuar em 2024 devido às mudanças climáticas”, alertou.

O problema é que os consumidores de Mato Grosso já pagam a terceira tarifa de energia mais cara do país, de R$ 0,883/kWh, enquanto a média nacional é de R$ 0,721 por kwh. Além disso, anualmente a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reajusta os valores cobrados pelas concessionárias. Em 2024, o aumento pode chegar a 5,6%. Mas com as ondas de calor, podem ser acionados o sistema de bandeiras, encarecendo ainda mais o serviço.

Vianna também apontou que a seca sem precedentes na Amazônia, que resultou em falta de água nos estados do Norte, teve um impacto em todo o país. As usinas de Girau e Santo Antônio, localizadas em Porto Velho (RO), que fornecem energia para o Sudeste através de uma rede de corrente contínua, foram desligadas por algum tempo devido à falta de água.

“Essa seca que se originou no Norte já atingiu o Centro-Oeste e parece que chegará ao Sul em 2024, sinalizando a possibilidade de falta de água. Se houver falta de água, haverá falta de energia e, consequentemente, o preço deve aumentar. No mercado livre, esse aumento é sentido da seguinte forma: se falta água, o Preço Livre das Diferenças (PLD) sobe, variando por hora. No mercado das concessionárias, existem as bandeiras tarifárias verde, amarela e vermelha. Se houver falta de água e a concessionária tiver que adquirir de outras fontes não renováveis, o consumidor sentirá isso no bolso, pois pagará uma energia mais cara”, concluiu.

 











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