Envolvida no escândalo que agitou a carreira política do irmão, o senador Aécio Neves, a empresária Andréa Neves poderá agora voltar a andar na rua em liberdade.
Ela estava em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, desde 20 de junho, mas a medida foi revogada no último dia 2 pelo ministro do STF Marco Aurélio Mello. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (7).
A decisão vale também para o primo do senador, Frederico Pacheco, e para Mendherson Souza Lima, ex-assessor do senador Zezé Perrella. Todos são réus no mesmo processo de corrupção passiva.
O ministro minimizou a gravidade do crime ao conceder liberdade aos três. "Conforme ressaltado, tem-se medidas a revelarem constrições projetadas no tempo, incluindo o recolhimento domiciliar, o qual ganha contornos de prisão mitigada. A par desse dado, verifica-se que a denúncia, quanto aos requerentes, ficou restrita à corrupção passiva em coautoria", sustentou Marco Aurélio.
O caso envolve a delação dos executivos da J&F, em que Aécio Neves é acusado de pedir propina de R$ 2 milhões para o empresário Joesley Batista.