A indústria de carnes brasileira negou nesta terça-feira que exporte produtos com o aditivo ractopamina à Rússia, apostando em uma "breve" retomada dos embarques para o país euroasiático.
Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Camardelli, o setor "executa todas as análises preliminares para exportação de carne bovina" sem o aditivo à Rússia.
Apesar de a Rússia ser um dos maiores importadores de carnes do Brasil, Camardelli previu efeito limitado sobre o setor, dado que durante o inverno (no Hemisfério Norte) a Rússia sazonalmente importa menos por causa de portos congelados, e disse esperar uma "rápida recomposição" das vendas.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa a avicultura e a suinocultura do Brasil, disse ter recebido com preocupação a decisão russa, mas aposta no trabalho do governo brasileiro para "o pleno e rápido esclarecimento, retomando em breve os embarques". "O setor está seguro sobre as características de seu produto ", afirmou a ABPA.