O advogado Antônio Valdenir Caliare, de Juína (735 km de Cuiabá), pode perder o direito de exercer a advocacia se condenado pelo Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ele faz parte do grupo de juristas presos em Brasília, após o golpe orquestrado em 8 de janeiro. Segundo lista disponibilizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado teve o flagrante convertido em prisão preventiva por decisão do ministro Alexandre de Moraes.
Em entrevista ao Jornal Hoje, nesta sexta-feira (20), o presidente do Tribunal de Ética da OAB, Antônio Alberto Vale, afirmou que "nunca na história houve ato de tamanha repulsa praticado por diversos advogados".
Vale também explicou que os advogados mantidos no Núcleo de Custódia da Polícia Militar, dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, enfrentarão dois tipos de processos diferentes na OAB. Um deles pode acarretar a expulsão dos advogados e será julgado no âmbito federal. Já o outro, que apreciará a medida cautelar de suspensão, ficará a cargo das seccionais.
Procurada, a Seccional de Mato Grosso ainda não informou se medidas já foram adotadas com relação ao caso de Caliare. Segundo Antônio Alberto Vale, os processos contra os inúmeros advogados presos em Brasília, no âmbito da OAB, devem durar no máximo 90 dias.
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